Os aterros

Toda a gente sabe que são infraestruturas necessárias ao acondicionamento dos inertes inerentes às obras que são realizadas em todos os concelhos e sendo assim a sua existência não se põe em causa. Pela lógica todas as autarquias deveriam ser obrigadas a ter os seus próprios aterros para as suas obras solução que repartiria por todos os concelhos os inconvenientes (segurança) e as vantagens económicas dos mesmos (receitas). Tal responsabilidade parece pertencer apenas ao Governo Regional que estranhamente só tem um aterro licenciado para todas a obras facto que encarece o seu valor por via das distâncias com evidente prejuízo para o bolso dos contribuintes e pior do que isso põe em causa a segurança das pessoas ao concentrar todo o depósito de inertes na Meia Serra, como é agora publicamente reconhecido, e por isso mesmo o seu funcionamento está agora suspenso. Inaceitável é o comportamento das autarquias que nada fazem nesta matéria e chegam ao ponto de recusar aceitar inertes, ainda que temporariamente, quando deveriam ser elas próprias a cuidar dos seus próprios inertes diluindo desta forma os inconvenientes dos mesmos por todo o território. Recusam saber se a solução atual é a mais correta apenas lhes interessando egoisticamente colaborar com a mesma porque dessa forma atiram para o quintal dos outros a sua própria sujidade numa atitude de pequenez política traduzida na defesa dos seus munícipes desprezando todos os que pertencem aos restantes concelhos. Com esta atitude não resolvem o problema ambiental subjacente a esta situação dado que o planeta Terra necessita de soluções holísticas e não egoístas.