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Norte aposta no turismo de natureza para atrair turistas e combater sazonalidade

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A primeira plataforma (HUB) de Turismo de Natureza em Portugal foi apresentada ontem, em Ribeira de Pena, unindo entidades públicas e privadas numa estratégia que visa aumentar a estada média do turista e combater a sazonalidade no Norte.

O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, afirmou que este território se assume “como o grande destino, a seguir aos Açores, em termos de turismo de natureza”.

“O turismo de natureza é, claramente, um dos principais produtos estratégicos deste território”, sublinhou.

Foi, precisamente, para organizar e alavancar este produto que entidades públicas e empresas privadas se uniram no consórcio “Norte Natural”, que está a lançar o HUB, uma plataforma logística que foi apresentada hoje, em Ribeira de Pena, distrito de Vila Real.

O HUB está a ser operacionalizado pela Cooperativa de Turismo de Natureza (TNCOOP).

Em Ribeira de Pena, concelho com área inserida na serra do Alvão, vai ficar instalado o Centro Natura que assume o eixo de ligação e de cruzamento das várias áreas naturais e protegidas do Norte, como os parques naturais do Alvão, do Montesinho e do Douro Internacional, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, as Montanhas Mágicas e a zona do Alto Minho.

“O objectivo é aumentar a estada média do turista na região e combater a sazonalidade em turismo”, salientou Melchior Moreira.

O HUB apresenta-se como um centro de ligação e organização de todas as actividades de animação turística, potenciado por mais de 20 empresas sediadas na região Norte.

O presidente da TNCOOP, Artur Cardoso, salientou que o “HUB é o resultado de uma estratégia regional” que “visa potenciar os parques e áreas naturais” e “colocar em evidência os grandes recursos naturais que o território tem”.

O responsável frisou que o “trabalho vai passar a der feito em rede para potenciar os parques e áreas naturais, que até agora trabalhavam de forma isolada”.

Artur Cardoso exemplificou com a criação de rotas que vão unir as várias áreas e referiu que vão ser espalhados pontos de logística pelo território, onde os turistas encontrarão ajuda para partirem à descoberta da região.

Artur Cardoso elencou o “vasto território” que há para descobrir, com levadas, cascatas, rios, percursos pedestres ou de BTT.

Esta plataforma pretende também ajudar as empresas ligadas ao sector a ganhar escala e a crescer, sem aumentar os custos, criando mais empregos e dinamizando o território.

Melchior Moreira afirmou ainda que a melhor forma de proteger o território contra incêndios “é, precisamente, utilizá-lo”.

De acordo com um estudo feito pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal, no aeroporto Francisco Sá Carneiro, 35% das pessoas que viajam para este destino procuram actividades ligadas ao sector da natureza.

O perfil do turista da natureza é maioritariamente português, seguido do espanhol, é jovem e solteiro.

Melchior Moreira referiu que está também a crescer a procura por parte de casais, dos 35 aos 50 anos, com filhos.

O consórcio “Norte Natural” junta a Turismo do Porto e Norte de Portugal, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, as várias comunidades intermunicipais da região, associações de desenvolvimento e empresas de animação turística.