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Capacidade de financiamento da economia até fim de setembro foi de 1,5%

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A capacidade de financiamento da economia portuguesa no ano acabado no terceiro trimestre de 2017 foi de 1,5% do PIB, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

Desde o final de 2012 que a economia nacional evidencia capacidade de financiamento.

“A capacidade de financiamento da economia reflectiu a poupança financeira das sociedades financeiras e dos particulares, respectivamente de 2,3% e 0,8% do PIB”, sinaliza.

Esta poupança, segundo o BdP, foi mais do que suficiente para satisfazer as necessidades de financiamento das sociedades não financeiras e das administrações públicas, que atingiram, respectivamente, 1,4% e 0,2% do PIB.

Os activos financeiros líquidos das administrações públicas e das sociedades financeiras apresentaram uma diminuição homóloga de, respectivamente, 1,5 e 0,5 pontos percentuais do PIB.

“Para as administrações públicas este decréscimo reflecte, para além da poupança financeira, a valorização dos seus passivos”, indica.

As sociedades não financeiras e os particulares, por sua vez, registaram um aumento dos seus activos financeiros líquidos de, respectivamente, 1,6 e 0,3 pontos percentuais do PIB.

No caso das sociedades não financeiras a subida decorre do efeito positivo neste rácio da variação do PIB.

No final do terceiro trimestre de 2017, a economia portuguesa tinha uma posição financeira líquida face ao resto do mundo de -105,2% do PIB, ligeiramente inferior aos -105,1% do PIB registados no final do terceiro trimestre de 2016.

De acordo com dados também hoje divulgados, em Novembro de 2017, as emissões líquidas (emissões brutas deduzidas de amortizações) de títulos por residentes totalizaram 1,4 mil milhões de euros.

Este montante é explicado pelas emissões líquidas positivas quer de títulos de dívida (0,9 mil milhões de euros), quer de acções (0,4 mil milhões de euros).

Por sector institucional, as administrações públicas e as sociedades não financeiras apresentaram emissões líquidas positivas, enquanto as sociedades financeiras demonstraram emissões líquidas negativas.

O saldo de títulos emitidos por residentes totalizou 456,0 mil milhões de euros, aumentando 2,1 mil milhões de euros face a Outubro de 2017.

“Este acréscimo deveu-se, sobretudo, ao efeito conjunto das emissões líquidas positivas e da valorização dos títulos de dívida pública”, refere.

Em Novembro de 2017, os saldos de títulos emitidos pelas sociedades não financeiras (149,9 mil milhões de euros e pelas administrações públicas (185,9 mil milhões de euros) atingiram os valores máximos das respectivas séries.