O Presidente norte-americano, Donald Trump, é favorável a um reforço do controlo dos antecedentes criminais de quem queira comprar armas de fogo, disse hoje a Casa Branca, dias após um tiroteio numa escola na Florida.

“Enquanto as discussões estão a decorrer e estão a ser consideradas revisões, o Presidente apoia os esforços para melhorar o sistema federal de verificação de antecedentes”, disse hoje a porta-voz do executivo norte-americano, num comunicado.

Trump “falou na sexta-feira com o senador [republicano John] Cornyn sobre o projeto de lei bipartidário que o senador [democrata Chris] Murphy e ele apresentaram para melhorar a lei federal sobre o controlo de antecedentes criminais”, acrescentou.

Nikolas Cruz, um antigo aluno do liceu Marjory Stoneman Douglas de Parkland, a norte de Miami (Florida), disparou uma arma semi-automática, na quarta-feira passada, na escola, causando 17 mortos, a maioria adolescentes.

Com 19 anos, o jovem tinha conseguido autorização para comprar a arma, apesar de estar sinalizado por comportamento violento.

Um projeto de lei apresentado pelos dois senadores, mas elaborado por um grupo de parlamentares republicanos e democratas, foi apresentado em novembro passado tendo em vista “garantir que as autoridades federais e locais façam cumprir a legislação existente e assinalem corretamente os antecedentes criminais relevantes para o registo nacional de verificação (NICS, na sigla em inglês)”, segundo uma nota divulgada na altura.

Este arquivo é de consulta obrigatória para os vendedores de armas, que devem verificar o registo criminal do comprador e ver se ele tem o direito de adquirir uma arma.

Numa curta alocução televisiva, na quinta-feira, o Presidente norte-americano nunca se referiu a “armas de fogo”, colocando a tónica na necessidade de identificar pessoas com problemas psiquiátricos.

Trump é um forte apoiante de direitos sobre armas e da poderosa National Rifle Association (NRA, em inglês).