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Primo de Hugo Chávez vai liderar petrolífera venezuelana Citgo

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O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, designou Asdrúbal Chávez, primo do falecido líder socialista Hugo Chávez, como novo presidente da Citgo, a filial da estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA).

O anúncio foi feito através da televisão estatal venezuelana e ocorre depois de as autoridades deterem seis dirigentes da Citgo por alegada corrupção.

Asdrúbal Chávez é primo do falecido Presidente Hugo Chávez, que governou o país entre 1999 e 2013. Entre setembro de 2014 e agosto de 2015, Asdrúbal foi ministro do Petróleo e Minas da Venezuela.

Na terça-feira, o presidente e outros cinco dirigentes da Citgo, a filial nos Estados Unidos da venezuelana PDVSA, foram detidos, pela alegada assinatura de contratos “comprometendo não apenas o futuro da nação, mas o futuro desta importante filial”, segundo o procurador-geral.

De acordo com Tarek William Saab, foi feita uma investigação que permitiu detetar o alegado envolvimento da gerência da Citgo Petróleo Corporation em irregularidades que comprometem o futuro da filial e também “o património” da Venezuela.

“Valendo-se da sua investidura, como representantes legais da filial, a 15 de julho de 2017, assinaram um acordo internacional com as empresas financeiras Frontier Group Management LTD e Apolo Global Management LLC, um alegado refinanciamento da dívida dos anos 2014 e 2015, para solicitar empréstimos sob condições totalmente desfavoráveis”, explicou.

Durante uma conferência de imprensa em Caracas, o procurador designado pela Assembleia Constituinte precisou que há um “contrato que permitia o financiamento por quatro mil milhões de dólares (3,44 mil milhões de euros), sem contar com o beneplácito do Executivo” da Venezuela.

Os detidos vão ser formalmente acusados dos crimes de “peculato doloso próprio, conluio de funcionário público com contratista, legitimação de capitais e associação para cometer delito”.

As autoridades suspeitam de que os crimes estariam “ao serviço de uma potência estrangeira (Estados Unidos)” e envolvidos numa “estratégia de pressão internacional” contra a Venezuela.