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Presidente francês diz ser preciso ganhar guerra contra os ‘jihadistas’ no Sahel

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O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou hoje que a guerra contra os ‘jihadistas’ está “em pleno andamento” no Sahel e que o objetivo é obter “vitórias no primeiro semestre de 2018”.

“Precisamos de ganhar a guerra contra o terrorismo na zona sahelo-saariana. Ela está em pleno andamento. Há ataques todos os dias, existem Estados ameaçados (...) Devemos intensificar os esforços”, defendeu.

Macron falava no final de uma reunião internacional em La Celle-Saint-Cloud, perto de Paris, para acelerar a criação da força do G5 Sahel composta por soldados de cinco países da região.

O principal anúncio da reunião foi o da decisão da Arábia Saudita, representada pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Adel al-Jubeir, de contribuir com 100 milhões de dólares (85 milhões de euros) para a força G5 Sahel.

Os Emirados Árabes Unidos disponibilizarão 30 milhões de dólares (25,5 milhões de euros) para a mesma força, cuja implementação foi estimada em 250 milhões de euros.

Estas contribuições juntam-se às já anunciadas, dos parceiros reunidos na “Coligação Sahel”, da União Europeia e dos Estados Unidos.

Segundo Macron, os dirigentes presentes na reunião, entre os quais os dos cinco países do G5 Sahel (Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger), acordaram dar “um maior apoio” à força militar.

Existe “urgência em garantir que as forças do G5 Sahel obtenham resultados rapidamente”, disse Ibrahim Boubakar Keita, presidente do Mali e do G5 Sahel, à imprensa no final da reunião.

Macron precisou que os países do G5 Sahel vão aumentar “os seus esforços com prioridade para a zona centro (Mali, Burkina e Níger)” de modo “tanto quantitativo como qualitativo”, com “um aumento dos efetivos envolvidos, um reforço dos postos de comando, uma planificação acelerada das operações com objetivos no primeiro semestre de 2018”.

Presente na reunião, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que os países do G5 Sahel estão “prontos para liderar o combate” e, considerando que “o extremismo islâmico se está a propagar, adiantou: “Não podemos esperar”.

Merkel assinalou que a ajuda ao desenvolvimento que a Alemanha e outros países dão “é inútil se as pessoas não podem viver em paz”.

Lançada no início do ano, a iniciativa visa formar uma força de 5.000 homens, composta por soldados dos cinco países envolvidos, até meados de 2018.

A força já tem um quartel-general em Sévaré, no Mali, e realizou recentemente uma primeira operação na zona das “três fronteiras” entre o Mali, o Níger e o Burkina Faso.