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Mais de uma dezena de civis assassinados por jihadistas no nordeste do Mali

FOTO Reuters
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Mais de uma dezena de civis foram mortos no domingo por supostos jihadistas no nordeste do Mali, perto da fronteira do Níger, segundo grupos armados e uma autoridade local citados pela agência de notícias France-Presse.

Mais de uma centena de pessoas, incluindo muitos civis das comunidades Fulani e tuaregues morreram nos últimos meses na região, em resultado de confrontos entre jihadistas ligados ao grupo Estado Islâmico (EI) e dois grupos tuaregues que apoiam a força francesa Barkhane e o exército maliano, a Gátia e a Movimento para a Salvação de Azawad (MSA).

No domingo, “homens armados a operar uma rede criminosa ao longo da fronteira Mali-Níger invadiram a aldeia de Injagalane”, a oeste de Menaka, de acordo com uma declaração conjunta do MSA e a Gatia (aliados da Força de Auto-Defesa Imghad tuaregues e pró-Bamako).

“Eles abriram fogo contra civis das comunidades Ibogolitana e Idarfane”, garantiram, referindo-se a duas comunidades tuaregues, relatando 12 mortos e três veículos queimados.

O ataque foi confirmado por um oficial da província de Menaka, a principal cidade da região.

“Homens armados em várias motocicletas invadiram o mercado de Injagalane”, disse o oficial à agência de notícias France-Presse, que pediu para não ser identificado. “Eles atiraram na multidão, houve 14 mortos, vários veículos e motos queimados”, disse a mesma fonte.

Segundo o MSA e a Gatia, “os autores desses massacres estão a atacar todas as comunidades sem excepção”.

O norte do Mali ficou sob o poder de grupos jihadistas ligados ao grupo extremista Al-Qaeda, em 2012.

Os jihadistas foram em grande parte expulsos ou dispersos da região após o lançamento, em Janeiro de 2013, por iniciativa da França, de uma intervenção militar que ainda está em andamento.

Contudo, algumas áreas estão fora do controle das forças malianas, francesas e da ONU, que são regularmente alvo de ataques mortais, apesar da assinatura em 2015 um acordo de paz entre o governo, grupos pró-Bamako e ex-rebeldes que deveriam isolar definitivamente os jihadistas.

A partir de 2015, os ataques espalharam-se para o centro e sul do Mali, bem como a países vizinhos, particularmente Burkina Faso e Níger.