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Grupo extremista Estado Islâmico reivindica atentado suicida no leste da Líbia

FOTO Reuters
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O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje um atentado suicida perpetrado na quinta-feira no leste da Líbia contra as forças do marechal Khalifa Haftar, considerado o homem forte daquela zona do país.

Oito pessoas morreram e outras oito ficaram feridas, incluindo civis, no ataque que teve como alvo um posto de segurança controlado pelas forças locais do marechal Khalifa Haftar, à entrada da cidade de Ajdabiya, a 840 quilómetros a leste da capital, Tripoli, segundo uma fonte do hospital local.

Num comunicado divulgado pela sua agência de propaganda Amaq, o EI afirmou que um suicida, identificado como Abu Qudama al-Saeih, fez explodir um veículo contra um posto de segurança das forças do marechal Haftar.

O general Fawzi al-Mansouri, um alto responsável da segurança local, confirmou que civis figuram entre as vítimas do ataque suicida.

“Estavam a passar no local no momento do ataque”, indicou o alto responsável.

É o segundo ataque deste tipo em menos de um mês nesta região da Líbia. Um outro ataque, também reivindicado pelo EI, fez três feridos no passado dia 9 de Março.

A Líbia, onde autoridades políticas rivais e diversas milícias disputam o poder, está imersa no caos desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em outubro de 2011.

O governo de união nacional líbio, com sede em Tripoli, é reconhecido pela comunidade internacional, mas enfrenta uma autoridade paralela que exerce o poder no leste do país, com o apoio do marechal Khalifa Haftar.

As forças leais a Khalifa Haftar conseguiram, no verão passado, recuperar o controlo de Bengasi, que estava nas mãos de grupos ‘jihadistas’.

Apesar da perda do bastião de Sirte, no norte do país, em dezembro de 2016, o EI continua activo, sobretudo, no centro e no sul da Líbia.