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Antigo governador de Nairobi detido por corrupção

Foto DR
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O antigo governador de Nairobi Evans Kidero foi hoje detido no Quénia devido a alegações de corrupção e má gestão de fundos públicos, anunciou a Comissão de Ética e Anticorrupção.

Kidero, que perdeu o cargo de governador na última eleição, em agosto de 2017, para um candidato da coligação no poder, vai enfrentar três acusações de suborno no valor de 213 milhões de xelins quenianos (cerca de 1,8 milhões de euros) e outras por tentativa de fraude e má gestão de fundos públicos.

As acusações, negadas por Kidero, remontam ao período entre janeiro 2014 e janeiro de 2016.

Juntamente com o antigo governador, serão julgados outros nove antigos funcionários da administração gerida por Kidero durante cinco anos.

Kidero foi libertado após pagar uma caução de dois milhões de xelins quenianos (cerca de 17.000 euros).

O número de julgamentos e demissões aumentou nos últimos meses no Quénia, resultado do aumento de iniciativas por parte do Governo.

Na quarta-feira, o procurador ordenou uma investigação à alegada fraude e má gestão de fundos na justiça.

Em julho, vários membros da empresa estatal Kenya Power & Lightning Ltd., incluindo o diretor-executivo, Ken Tarus, foram a tribunal após uma investigação a várias propostas.

O Presidente, Uhuru Kenyatta, prometeu erradicar a cultura de subornos e peculato que caracteriza o país.

As promessas, renovadas na campanha de 2017, despertaram o ceticismo dos cidadãos, uma vez que, durante décadas, todos os chefes de Estado quenianos prometeram acabar com a corrupção.

Em 2017, o Quénia ocupava a 143.ª posição, em 180 países, no relatório anual sobre a corrupção da organização não-governamental Transparência Internacional.