Madeira

Secretaria da Saúde explica gestão da Farmácia Hospitalar e vinca que “stocks zero não correspondem a rupturas”

A ida de Mguel Albuquerque, hoje, ao serviço de cardiologia do SESARAM.
A ida de Mguel Albuquerque, hoje, ao serviço de cardiologia do SESARAM.

A Secretaria da Saúde (SRS) emitiu, nesta tarde, um comunicado na sequência da notícia do DIÁRIO de hoje, que foi manchete: ‘Medicamentos em falta’. É explicado que 37% dos medicamentos, que integram o formulário da Farmácia Hospitalar, estão com stock zero. No texto da notícia, é deixado claro que, em grande parte dos casos, isso não significa que os doentes fiquem sem tratamento.

O comunicado da SRS começa por afirmar ser “falso afirmar que a farmácia do hospital tem 37% da lista de artigos em falta”. Apesar dessa afirmação, é um facto que perto de 900 medicamentos dos formulário da farmácia têm a indicação ‘zero’ no que respeita às quantidades em stock.

A SRS, na linha do que Miguel Albuquerque disse ao início da tarde, no Hospital, lembra que, “só para o ano de 2018, o Governo Regional tem previsto um investimento de 70 milhões de euros para a área dos medicamentos, repartido entre o SESARAM e o IASAÚDE”.

“Existe uma monitorização contínua, semanal, dos stocks da farmácia, contando também com a supervisão dos profissionais” e, acrescenta a empresa, “este controlo regular permite-nos saber qual é o ponto de situação de todos os pedidos de fármacos em tramitação, isto é, todos os artigos que foram pedidos, os que aguardam resposta do fornecedor e os que não serão produzidos e fornecidos. A par destes, também é possível saber os que aguardam resposta por parte do INFARMED, uma vez que em alguns casos, existem medicamentos que para serem disponibilizados na farmácia hospitalar, necessitam de autorização especial de utilização por parte do INFARMED”.

A SRS faz, igualmente, uma referência ao elevado peso que os medicamentos representam na estrutura de custos. “É importante relembrar que dentro da área dos medicamentos existem áreas muito específicas, tais como, VIH, VHC, Oncologia, Imunomoduladores, Anticorpos, entre outros que “levam” uma grande fatia do valor dos medicamentos.”

“Importa salientar que os referenciados “stocks zero” na farmácia hospitalar não correspondem a rupturas”.

a terminar o comunicado, a SRS reafirma a qualidade do serviço que presta: “A prestação de cuidados de saúde à população da Região Autónoma da Madeira mantém-se nos níveis elevados de segurança e qualidade, como atestam os 13 serviços acreditados pela Direcção Geral da Saúde.”