Numa semana em que se sucederam situações “gravosas” e desrespeitosas para os madeirenses, como os cancelamentos de voos, o não cumprimento do princípio da continuidade territorial, as declarações “ofensivas” do administrador não executivo da TAP, Bernardo Trindade, o CDS/PP estranha que Paulo Cafôfo se tenha deslocado a Lisboa para tratar das questões do novo hospital com António Costa.

“O que é que surtiu dessa reunião com o senhor primeiro-ministro? A reconfirmação de que, afinal, o Governo da República apoiará na construção do novo hospital. Mas então não foram aquelas razões que enumerei que levaram a que o candidato do PS [às Eleições Regionais] se fosse reunir com o primeiro-ministro para resolvê-las?”, interrogou Rui Barreto.

De acordo com o deputado e vice-presidente do CDS/PP, é tempo de fazer política e não de “brincar à política”, tendo referido que Paulo Cafôfo serviu de “pombo correio” de António António, ao deslocar-se a Lisboa para voltar à Madeira “com uma mão cheia de nada” ou para repetir aquilo que o primeiro-ministro havia assumido há cerca de dois anos, que é a comparticipação da obra do novo hospital, considerando-a prioritária.

“Nós temos que fazer política no superior interesse dos madeirenses, até porque isto não é para ver quem é que faz a coisa maior. É fazer as coisas como devem ser, concretizando e dizendo o pensamento e ao que vamos, não fazendo números para a comunicação social e para a fotografia, anunciando aquilo que já tinha sido anunciado”, afirmou e acrescentou: “Agora que o Governo vai incluir no Plano de Estabilidade e Crescimento o hospital eu pergunto: Então não estava nada concretizado apesar de já ter sido dito nos dois anos anteriores?”.