Madeira

Ponta do Sol pretende verba para recuperar ETAR no orçamento do próximo ano

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A presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol aproveitou a reunião de Câmara de hoje, que decorreu de forma pública, para apresentar o diagnóstico à ETAR da Ponta do Sol. Célia Pessegueiro afirma que “pelo menos há sete anos ninguém tinha qualquer intervenção naquele espaço”, pelo que a autarquia não cumpria com a sua responsabilidade, com as águas a serem lançadas ao mar sem tratamento.

Além do abandono, o vandalismo tornou a ETAR um equipamento obsoleto, que mexia com questões de saúde pública e de responsabilidade. “Por parte da secretaria de Ambiente e Recursos Naturais obtivemos uma não resposta, que foi um ‘lavar de mãos’, dizendo que não havia qualquer responsabilidade da secretaria nessa matéria”, explicou a autarca, que assume essa responsabilidade, mas admite que também cabe à secretaria “saber se as águas residuais estavam a ser mandadas para o mar sem qualquer tipo de tratamento”. “Estranhamos que durante sete anos não tenha havido qualquer tipo de reacção ou intervenção por parte da secretaria para regularizar uma situação irregular”, afirmar.

Sem apoio por parte da SRA, foi feito um diagnóstico à infra-estrutura, bem como algum trabalho preliminar. Chega agora a segunda fase, que passa por alguns investimentos e apurar os custos para um tratamento primário e secundário.

O objectivo passa por, no próximo ano, ter no orçamento valores para por em funcionamento a ETAR. Célia Pessegueiro explica ainda que algumas intervenções na rede de saneamento básico vão ter de ser adiadas, porque “não faz sentido fazer recolha de mais águas residuais e mandá-las para a baía da Ponta do Sol”.