Madeira

Paulo Cafôfo defende que “o 25 de Abril se faz todos os dias”

Declarações proferidas esta terça-feira durante o lançamento do livro dos Militares de Abril na Madeira

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O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, esteve presente, esta terça-feira, no Teatro Municipal Baltazar Dias, no lançamento do livro ‘Militares de Abril - Madeira 2017’, uma edição da autarquia, que marcou o início do programa comemorativo do 25 de Abril no Funchal.

Da autoria de António Gonçalves e Duarte Mendonça, o livro perpetua as comemorações municipais do ano passado, que trouxeram ao Funchal, por ocasião do 25 de Abril de 2017, os militares da histórica coluna do capitão Salgueiro Maia, que teve um papel fundamental na Revolução de 1974.

Paulo Cafôfo enalteceu, desde logo, o marcante reconhecimento celebrado no ano transacto, com a recepção no Funchal à coluna do Salgueiro Maia, e “a homens que decidiram a História deste país”. “Não temos futuro sem a nossa memória, e a nossa memória deve sempre ser exercida com responsabilidade. Estes são homens que estiveram à altura e nós, no nosso dia-a-dia, temos de ter altitude naquilo que somos, naquilo que fazemos, e nada melhor para isso do que exercermos a nossa cidadania e damos o nosso contributo para que o país de Abril seja um país evoluído, qualificado, onde as pessoas têm o bem-estar e a liberdade que estes homens conseguiram em 1974”, disse.

O autarca realçou, ainda, a importância da ocasião para a autarquia, salientando: “Estamos nas vésperas do 25 de Abril e a Câmara Municipal do Funchal, desde que chegamos a esta autarquia, tem sempre comemorado esta ocasião com a dignidade e a grandeza que ela merece. Parece-me ainda hoje inacreditável que tivéssemos de esperar tantos anos para que, nesta cidade, as pessoas pudessem comemorar Abril. Mas nós não o fazemos apenas neste dia, mas em todos os dias em que exercemos as nossas funções de responsabilidade para com esta cidade. Não poderíamos comemorar um ato sem que, no dia-a-dia, também o dignificássemos.”

O presidente terminou sublinhando que “a evolução democrática do nosso país tem sido positiva e não podemos dizer que o país não mudou e que está tudo mal. Não concordo com isso, porque isso seria negar aqueles que são os valores de Abril e aquilo por que tantos homens e tantas mulheres construíram neste país democrático. Agora que há coisas que deveriam ser melhoradas, sim. A revolução que ainda nos falta continua em cada um de nós e depende do que cada um de nós faz para melhorar. Essa é a verdadeira revolução e é feita todos os dias. Não precisamos de armas, mas sim de atitudes.”