Madeira

NÓS, Cidadãos está preocupado com o futuro do serviço público de psiquiatria da Madeira

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O partido NÓS, Cidadãos! está preocupado com o futuro do Serviço Público de Psiquiatria da Madeira por entender que a posição e decisão do actual Governo Regional é de “continuar a confundir o sistema com parcerias público-privadas, fazendo o Governo o investimento necessário, mas condescendendo a receita e o lucro ao sector privado e mais uma vez assistimos ao crescimento do sector privado mas feito à custa de dinheiros e investimentos públicos”, diz a presidente do NÓS Cidadãos.

Filipa Fernandes relembra o anúncio público, por parte do Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, “de mais um apoio (comparticipação) de cerca de um milhão e setenta mil euros do erário público, agora para a edificação de um nova Unidade de Saúde Mental da Casa São João de Deus, considerando, à data, que este é um “investimento essencial na saúde pública da Madeira e na melhoria da saúde mental na Madeira”.

Perante mais esta situação, “que pode ser apenas o prenúncio de novos apoios a novos projectos que estão ainda no ‘recato’ de alguns gabinetes, e dispondo agora da prova que existe disponibilidade financeira governamental para investimentos (e apoios) na área da Saúde Mental na Região, o NÓS, Cidadãos! pergunta porque é que o mesmo investimento não foi materializado no Serviço Público de Psiquiatria da RAM? A quem serve o lento mas progressivo desmantelamento do Serviço Público de Psiquiatria Regional? Quem beneficia com tudo isto e quem perde? Quais os reais custos desta orientação política para o erário público que prevê assim mais contratos programa com os privados quando seguramente poderíamos poupar se tivéssemos um serviço público reestruturado e operacional como aquele que existe, por exemplo, nos Açores, com mais de 20 especialistas?”, questiona Filipa Fernandes.

Sabendo que há recursos financeiros por parte do Governo Regional, “porque não apostar na criação de um Hospital de Dia, como aqueles que existem em alguns distritos do continente nacional (por exemplo, em Braga, Leiria, etc.), para pessoas com doença mental que necessitam de acompanhamento diário em fase de recuperação de episódio agudo (que determinou internamento completo), por forma a criar alternativas com vista à diminuição de custos associados, maior integração/inclusão dos utentes na comunidade e também um maior humanismo? Estamos “cativos” de alguma espécie de interesses?”, questiona o NÓS, Cidadãos que gostaria de ter respostas.