Madeira

CTT têm onze meses para deixar Edifício 2000

Banco Santander é proprietário do edifício desde 2003; Correios têm de sair até 1 de Outubro de 2018

Os CTT têm menos de um ano para decidir: ou recompram o Edifício 2000, ou entregam-no ao Santander. Foto Arquivo
Os CTT têm menos de um ano para decidir: ou recompram o Edifício 2000, ou entregam-no ao Santander. Foto Arquivo

Os CTT na Madeira vão deixar o edifício sede (Edifício 2000) até 1 de Outubro de 2018. Esta decisão resulta do facto do edifício no Funchal, construído quando José Pereira de Gouveia era o director coordenador dos CTT e da PT (antes da separação das duas empresas, ocorrida em 1992), ser, desde 2003, propriedade do Banco Santander

Esta situação vem do tempo em que Manuel Ferreira Leite, no governo de Durão Barroso, foi ministra das Finanças e do Estado, decidiu alienar grande parte do património dos CTT, incluindo o edifício sede na empresa, na Madeira, onde funcionava a então denominada Direcção Regional da Madeira dos CTT, tendo em conta a redução do deficit orçamental do estado português.

Com esta decisão política, o Banco Santander ficou proprietário do edifício 2000 e, durante 15 anos, de acordo com o contrato estabelecido, os CTT estavam obrigados a ocupar o edifício sob arrendamento mensal do banco. Contudo, podiam os CTT subarrendar o edifício, e foi o que aconteceu, nos últimos anos, na Madeira. Várias entidades do governo regional estiveram sediadas no edifício, nomeadamente a Direcção Regional de Administração da Justiça (que ocupou todo o 4º andar), a Direcção Regional do Património, a Direcção Regional dos Transportes Terrestres e a segunda Repartição de Finanças. Também, durante alguns anos, a Siram, empresa privada, esteve no edifício, bem como a Time Pice, uma empresa de Call Center sueca.

Entretanto, as empresas foram deixando o edifício dos CTT e, ao momento, apenas uma lá se mantém, as Finanças.