Madeira

Companhias aéreas procuram novas formas de rentabilizar o negócio

Laura Torres Peñate, directora comercial para Portugal da companhia Binter Canárias, foi a segunda oradora a falar no painel da XII Conferência Anual de Turismo

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O crescimento da indústria aeronáutica irá fazer-se nos mercados emergentes, normalmente conhecidos como BRICs, defendeu Laura Torres Peñate, directora comercial para Portugal da Binter Canárias, anotando que a rentabilidade das companhias aéreas tem tido picos de subidas e descidas, conforme as estações do ano, com margens normalmente a decrescer num ano e a subir no outro, com impacto dos custos das operações dependendo das regiões do mundo. A crescer, claramente, no Médio Oriente e em África.

Por outro lado, a única mulher e estrangeira convidada para a CAT analisou a cadeia de custos, com destaque para os preços do petróleo que marcam a grande diferença, bem como ao custos dos recursos humanos, o que leva a que o retorno de capital tenha baixado desde 2016, ainda que melhor do que há quatro anos.

As estratégias para rentabilizar as operações passam por introduzir novos serviços, como cobrar por um melhor lugar, as vendas a bordo, o pagamento por mais capacidade de transporte de bagagem, entre outros, enunciou. As grandes companhias também têm apostado em criar voos lowcost para baterem-se com as companhias especializadas no baixo custo, frisou a responsável da Binter.

A digitalização que marca as novas gerações, que querem e exigem estar sempre conectados, levam as companhias a também introduzir novas ofertas como a identificação biométrica, check in automático e operação em pouco tempo, embarque sem muito tempo de espera e comunicação virtual sempre presente. Mas não quer comunicar com as companhias através de sms, que baixa 42%, enquanto os emails crescem 26% e a utilização das aplicações das marcas também está em franco desenvolvimento.

A Binter que existe há 30 anos tem actualmente 16 empresas associadas e mais de 1600 colaboradores, de uma empresa regional torna-se hoje cada vez mais uma operadora europeia. A responsável diz que a companhia continua com vontade em ligar a Madeira a outros destinos como Algarve, Sevilha e Marraquexe.