Na inauguração do Hotel Solar do Bom Jesus, em Santa Cruz, ao final da tarde, os presidentes do Governo Regional e da Câmara Municipal disputaram o protagonismo dos ‘números gordos’ que favorece o sector hoteleiro.

Filipe Sousa deu o mote, felicitando a iniciativa privada por ser o grande motor da reabilitação económica, bem patente nos “investimentos que estão à vista”, referindo-se não só ao Solar recuperado, mas também ao edifício ‘Tristão’, na frente-mar da cidade, que depois de “mais de 30 anos na gaveta’, “dentro de poucos dias” deverá ser inaugurado também na vertente do alojamento. Segundo o autarca do JPP, este ‘desbloqueio’ ficou a dever-se sobretudo à “visão alargada do actual executivo”, ainda que com a “colaboração do Governo Regional”, admitiu.

Anunciou ainda que há estrangeiros interessados em realizar grandes investimentos, “de milhões”, acentuou, e em ano de eleições, não esqueceu de relembrar aos muitos santa-cruzenses presentes na cerimónia, que já conseguiu equilibrar as finanças da autarquia e por consequência, recuperar alguma capacidade de investimento.

Miguel Albuquerque, que começou por explicar que um político para sobreviver na política tem de ter as características do elefante – pele grossa, boa memória e um comprido e inquisitivo nariz – também manifestou-se “muito satisfeito com a nossa recuperação económica” e por consequência “recuperação social”, que em grande parte fica a dever-se aos empresários. Respondeu depois com os muito bons resultados alcançados no Turismo nos últimos dois anos, e a constatação que “este ano também está a começar muito bem”.

Optimista que o actual rumo no turismo será mantido, Albuquerque aproveitou a proximidade ao aeroporto para dar conta que semanalmente regista 390 voos envolvendo 40 companhias aéreas que asseguram a ligação a 60 cidades de 17 países.

Números que “vão aumentar”, até porque fez saber que a Promoção da Região já está a trabalhar em mercados alternativos, nomeadamente o americano.