Madeira

Acórdão do homicídio do chefe dos Carreiros do Monte conhecido na terça-feira

None

O Tribunal da Comarca da Madeira agendou para terça-feira a leitura do acórdão do julgamento do homem acusado de matar a tiro o chefe dos Carreiros do Monte.

Segundo a acusação, os factos reportam-se a 11 de Janeiro de 2017, quando o arguido, acusado de homicídio qualificado, disparou seis tiros, matando o presidente da Associação dos Carreiros do Monte (condutores dos carros de cesto, uma das atracções turísticas da ilha da Madeira).

De acordo com a acusação, na origem do crime estão “conflitos laborais”.

O MP ainda sustenta que o arguido utilizou uma arma de fogo de calibre 6.35 milímetros, “atingindo a vítima na cabeça, no pescoço e na coluna vertebral, acabando por lhe causar a morte”.

O julgamento começou em 17 de Outubro de 2017, tendo o alegado homicida optado por se remeter ao silêncio no início da audiência.

As sessões foram interrompidas durante algum tempo para se aguardar o resultado de exames psicológicos e o julgamento foi retomado no passado dia 5 de Junho.

O arguido é reformado por invalidez, foi carreiro, tem 53 anos e é natural da freguesia do Faial, concelho de Santana, no norte da ilha da Madeira.

Está em prisão preventiva desde a sua detenção, não tendo oferecido qualquer tipo de resistência aos agentes da polícia nessa altura.

Na fase de audição das testemunhas, quanto questionada sobre o motivo do crime, a viúva da vítima declarou que, segundo as explicações do marido, está relacionado com “valores” (dinheiro).

De acordo com a mulher, o arguido “entendia que, estando doente, tinha de ganhar” e que a associação “lhe devia” pagar o ordenado, mesmo não trabalhando há oito anos.

A viúva também mencionou que o marido estava a ser mais pressionado pelo arguido sobre esta situação, embora os dois tivessem inicialmente “uma boa relação”.