Madeira

“A criatividade ainda não paga impostos”, diz Fátima Lopes

Foto Aspress
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O debate denominado ‘A Economia Sem Fronteiras’, inserido na 17.ª edição do Dia Do Empresário Madeirense, já arrancou no Centro de Congressos da Madeira, perante uma sala cheia, para ouvir as opiniões de Rui Manuel Teixeira, Administrador Executivo do Millennium BCP, Rosa Areias, da Partner PwC, Fátima Lopes, estilista madeirense, e Mário Ferreira, Presidente do Conselho de Administração da Douro Azul, sobre os desafios inerentes ao empreendedorismo.

Antes, deu-se a intervenção de Ireneu Barreto, Representante da República para a Região Autónoma da Madeira, marcado inicialmente para as 15h45, mas por motivos de agenda, deu-se perto das 16h45.

Salientou que o desenvolvimento socioeconómico da Madeira passa pelo turismo, sendo necessário acarinhá-los e preservá-los, com infraestruturas adequadas, referindo-se à operacionalidade do Aeroporto Internacional da Madeira, Cristiano Ronaldo,

Moderado pelos jornalistas Júlio Magalhães, do Porto Canal, e Cesário Camacho, da RTP Madeira, o debate arrancou com a criadora madeirense Fátima Lopes, um bom exemplo de Economia sem fronteiras. Orgulhosa das suas origens, diz ser o exemplo de quem nasceu num sítio pequeno e cedo percebeu que teria de sair da Madeira para seguir o sonho da moda. Rapidamente percebeu que Portugal também era pequeno para as suas ambições.

“A criatividade ainda não paga impostos e nessa questão acho que poderemos competir com qualquer um, mas sei que sou um ‘grão de areia’ no meio das multinacionais”.

Relembrou que quando chegou a Paris, cidade que a acolhe há quase 20 anos, na Paris Fashion Week, poucos conheciam Portugal e foi preciso um grande trabalho até que reconhecessem o prestígio do país. No entanto, “fui sempre agraciada, nunca fui discriminada em Paris”, refere.

“Os madeirenses têm muito a vontade de ir à luta e sabem que , se quisermos ir mais além temos de dar um passo em frente, sair, apostar, arriscar.

Rosa Areias, partner do PwC, diz que é possível ter uma economia sem fronteiras sem ter equidade e estabilidade porque é isso que temos nos nossos dia. O mundo está a mudar. Se há alguns anos atrás, vimos os países a cooperar mutuamente, hoje cada um luta por si. E deu o exemplo dos Estados Unidos, com o Presidente Trump a alterar o regime fiscal para proteger o investimento no país, chamando as entidades que saíram dos Estados Unidos, a votarem, com benefícios fiscais.