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Universidade de Coimbra organiza congresso sobre Saramago, 20 anos após o Nobel

Foto DR
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O Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra organiza de 08 a 10 de outubro um congresso internacional que se propõe a reler a obra de José Saramago, 20 anos depois de o escritor ser distinguido com o Nobel.

Numa organização em conjunto com a Câmara de Coimbra, o congresso, no Convento São Francisco, assinala os 20 anos da atribuição do Prémio Nobel da Literatura ao autor de “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, que morreu em 2010.

Segundo o responsável pela comissão executiva do congresso, Carlos Reis, o evento pretende ser um espaço de reflexão, um momento para se debater e reler a obra de José Saramago, abordando várias das facetas do escritor que recebeu o Nobel em 08 de outubro de 1998.

“As efemérides são uma boa razão para se fazer a evocação - chamar o escritor e a sua memória”, vincou.

No congresso internacional, serão debatidos temas como as representações da História na obra de Saramago, a personagem e as alegorias saramaguianas, a poesia e o teatro do autor, as adaptações da sua obra, bem como o escritor enquanto cronista e jornalista e como “polemista e doutrinador literário”, refere o cartaz do evento.

Segundo a nota de imprensa da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), o congresso vai contar com conferências de Anselmo Borges, de David Frier, da Universidade de Leeds, de Roberto Vecchi, de Bolonha, e de Teresa Cerdeira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

De acordo com Carlos Reis, já foram feitas mais de 70 inscrições para o congresso, das quais cerca de 40 são propostas de comunicação, quando o prazo para a apresentação de propostas termina apenas a 31 de julho.

O responsável espera que o congresso reúna 200 a 300 participantes.

O congresso conta também com um concurso de ensaios literários sobre a obra de Saramago destinado a estudantes do secundário de todo o país e a apresentação da peça “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, uma adaptação dramatúrgica de Filomena Oliveira e Miguel Real.

A iniciativa conta com o apoio da FLUC, da reitoria da Universidade de Coimbra, da Fundação José Saramago e da Porto Editora.