Um Pai Natal chamado senhor Martinho

Apaixonado por pais natais, possui uma colecção de 190 figuras

O senhor Marinho diz que a sua casa é a casa do Pai Natal. Fotos Rui Silva/Aspress
O senhor Marinho diz que a sua casa é a casa do Pai Natal. Fotos Rui Silva/Aspress

Na chegada ao local combinado o nosso entrevistado estava vestido de Pai Natal. ‘Ho! Ho! Ho! ... Feliz Natal!’, dizia o senhor Martinho, como é conhecido por todos. Depois de abrir a porta da sua casa convidou-nos para conhecer a sua colecção de pais natais. Os olhos brilhavam como se fosse uma criança que espera ansiosamente para abrir as prendas do ‘sapatinho’. Após mostrar ao pormenor toda a colecção que, nestes dias, ornamenta a casa do Pai Natal, como carinhosamente lhe chama, revelou que possui “entre 180 e 190 pais natais”. “Feitas as contas, tenho entre 180 e 190 pais natais, mas estou a contar ter mais como prenda de Natal (risos)”, disse.

Tudo começou há 25 anos quando trabalhava numa loja de comércio e receberam estas figuras. Foi aí que sentiu aquele ‘clique’, nascendo uma grande paixão pelo ‘velhinho das barbas brancas’. Até hoje. “Eu trabalhava numa loja no Funchal e começámos a receber pais natais. Na altura foi algo que me chamou a atenção, sobretudo quando ao desembrulhá-los reparei que eles se movimentam. Lembro-me que não consegui resistir, tendo comprado uns quantos de uma só vez (risos)”, afirmou, revelando que, quase todos, foram adquiridos no comércio local.

Todos os anos tem a preocupação de aumentar a colecção, fazendo uma ronda pelas lojas com o objectivo de ver o que estas têm para oferecer em termos de variedade. “Quando começam a aparecer os primeiras coisas de Natal nas lojas vou vendo o que é que elas têm para vender, mas o meu interesse é sempre os pais natais”, disse, apontando para um deles que comprou em Novembro, no Funchal, que foi “amor à primeira vista”.

A colecção é apreciada por muitas pessoas que, nesta quadra, visitam a sua casa. Miúdos e graúdos ficam deslumbrados com o ‘velhinho das barbas brancas’. Uns grandes, outros pequenos, uns com música, outros que dançam. O certo é que o senhor Martinho não consegue viver sem nenhum deles, tanto que a colecção só é arrumada na cave a partir do dia 15 de Fevereiro. “Antes disso não há ordem para tirar nada e, por mim, ficava aqui para sempre”, atirou, soltando uma gargalhada.