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Venezuela: Rússia e China bloqueiam declaração da ONU

Conselho de Segurança pretendia declaração de apoio à Assembleia Nacional venezuelana contra Nicolás Maduro

Do Conselho de Segurança não saiu qualquer posição ou decisão sobre a situação.   Foto  EPA/JASON SZENES
Do Conselho de Segurança não saiu qualquer posição ou decisão sobre a situação. Foto EPA/JASON SZENES

Um projeto de declaração do Conselho de Segurança da ONU visando garantir “um apoio pleno” à Assembleia Nacional venezuelana dirigida pelo opositor Juan Guaidó foi bloqueado hoje pela Rússia e pela China, segundo diplomatas à AFP.

O texto, ao qual a agência France Presse teve acesso, sublinhava o compromisso da Assembleia Nacional venezuelana de restaurar a democracia e o Estado de direito no país e notava a ausência de legitimidade do último processo eleitoral na Venezuela, condenando o recurso à violência por parte das forças de segurança contra manifestantes.

Todas estas referências foram eliminadas do texto pela Rússia com o apoio da China. O projeto, de acordo com uma fonte diplomática não identificada à AFP, foi enterrado e um outro texto proposto pela Rússia, que se limitava a pedir um diálogo político na Venezuela, foi considerado inaceitável pelos Estados Unidos.

Foi agendada, a pedido de Washington, uma reunião do Conselho de Segurança prevista para as 14h00 TMG na presença dos chefes da diplomacia norte-americana e venezuelana. Vários países da região pediram a palavra, de acordo com a fonte diplomática à AFP.

Paris e Berlim, membros do Conselho de Segurança, o primeiro com direito de veto, lançaram hoje um ultimato ao Presidente venezuelano, Nicolás Maduto, afirmando que reconhecerão o seu opositor Juan Guaidó como ‘Presidente interino’ se não forem convocadas eleições em “oito dias”.