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Três advogados de direitos humanos condenados a prisão no Irão

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O Irão condenou dois advogados de direitos humanos a seis anos de prisão e um terceiro a 13 anos, indicaram hoje jornais locais.

Segundo o diário Arman, Ghasem Sholeh-Saadi e Arash Keikhosravi foram condenados a cinco anos por participarem numa “reunião ilegal” e a mais um ano por “propaganda” contra o sistema de governo, podendo ainda recorrer da sentença.

Os dois homens tinham sido detidos em agosto quando participaram num protesto junto ao parlamento para pedir eleições livres. Na semana passada foram libertados sob fiança.

Sholeh-Saadi, 64 anos, um crítico de longa data do sistema político iraniano, foi impedido de se candidatar à presidência em 2017.

O Irão realiza regularmente eleições legislativas e presidenciais, mas um conselho de clérigos pode vetar os candidatos e o Líder Supremo, o ‘ayatollah’ Ali Khamenei, tem a última palavra em relação a todas as principais medidas políticas.

O diário Hamshari, por seu turno, divulgou que um tribunal na cidade de Arak (centro) condenou outro advogado, Mohammad Najafi, a 13 anos de prisão, por “transmitir informação a um país hostil” através de contactos com media estrangeiros, insultar o Líder Supremo e fazer publicidade de apoio a grupos da oposição.

Najafi foi detido em janeiro quando expressou apoio por pessoas detidas nesse mês durante protestos antigovernamentais.

As manifestações, sobretudo por questões económicas, duraram vários dias e causaram a morte de dezenas de pessoas e a detenção de centenas de outras.