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Protesto em Toronto pede a Bolsonaro que “seja namorado” da floresta amazónica

Foto Reuters
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Cerca de trinta pessoas manifestaram-se em frente ao consulado do Brasil em Toronto, no Dia dos Namorados para apelar ao Presidente brasileiro Jair Bolsonaro que “seja namorado” da floresta amazónica.

“Estamos aqui para pressionarmos o Governo brasileiro sobre a sua política de desflorestação da Amazónia e outros países que tenham um ‘anel’ daquela floresta, que o Presidente seja namorado da Amazónia”, disse à agência Lusa Johanna Nikoletos, da organização ambiental Liberation TO.

A promotora sublinhou ainda que os protestos pretendem incentivar os governos que estão incluídos na periferia da selva amazónica a serem “um exemplo para o mundo”.

A manifestação, que chegou a cortar ao início da tarde de quinta-feira uma das principais artérias da cidade de Toronto (Bay e Yonge), pretendeu ainda “sensibilizar o público para a ligação entre os animais, a pecuária e a desflorestação” da Amazónia.

“Entregamos uma carta com as nossas reivindicações a um funcionário do consulado brasileiro em Toronto e um cartão do Dia de S. Valentim. Esperamos continuar o diálogo com eles no futuro”, referiu.

Para o futuro, os promotores pensam realizar mais iniciativas deste género, até porque o feedback do público foi positivo.

“As pessoas que caminhavam nesta área de Toronto mostraram-se recetivas à nossa causa. Também através da rede social Twitter, houve muitas partilhas deste protesto, o que foi muito bom”, adiantou Johanna Nikoletos.

Os manifestantes, muitos de origem brasileira, encorajaram o público em geral a “tornar-se vegan, protegendo estes ecossistemas”.

“Queremos que parem de contribuir para o desenvolvimento da pecuária, o que pode levar à desflorestação uma das principais causas que leva às alterações climáticas”, afirmou.

Segundo a página do Facebook do evento, o aumento do consumo de carne leva a que zonas para a criação de animais aumente, levando a uma maior “desflorestação de áreas verdes”, muitas delas protegidas.

O protesto foi organizado pelas associações Climate Save Movement, Liberation TO e World Saving Hustle e realizou-se em mais de 30 cidades no mundo, incluindo Lisboa (Portugal), Nova Iorque (Estados Unidos) e Melbourne (Austrália).

Estas ações globais realizaram-se junto a embaixadas e consulados brasileiros, e ainda junto à sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

Por outro lado, foi também criada uma petição online intitulada “Stop Bolsonaro from destroying the Amazon” (Parem Bolsonaro de destruir a Amazónia) para pressionar as Nações Unidas e o Presidente do Brasil a adotar políticas ambientais.