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Presidente da Venezuela aceita receber mais ajuda humanitária se for coordenada com o seu Governo

FOTO Reuters
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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou terça-feira estar na disposição de aceitar mais ajuda humanitária internacional, sempre que a entrada seja feita de maneira coordenada com o seu Governo.

“Bem-vinda toda a assistência técnica humanitária que queira chegar, cumprindo com os protocolos, sem politização, sem tergiversar”, disse.

O Presidente da Venezuela falava durante uma cerimónia com simpatizantes do seu regime, por ocasião do 16.º aniversário do programa de assistência social “Misión Barrio Adentro” (Missão no Bairro), transmitido em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país.

“Legalmente, pelo porto de La Guaira, pelo aeroporto de Maiquetia (ambas localidades a norte de Caracas), em coordenação com o Governo constitucional, legítimo, da Venezuela, que eu presido: toda a ajuda humanitária que queira chegar é bem-vinda”, disse.

Maduro explicou que a Venezuela tem acordos “firmes de ajuda humanitária” com Cuba, China, Rússia e Irão para aquisição de medicamentos material médico e que nas próximas semanas vão chegar novos carregamentos ao país.

“Todas as semanas chegam toneladas de medicamento. Todo esse apoio e toda essa ajuda, necessária para a Venezuela, chega de maneira organizada, cumprindo todos os protocolos internacionais, com a segurança prévia”, disse.

O primeiro carregamento de ajuda humanitária para a Venezuela, coordenado pela Cruz Vermelha Internacional, chegou terça-feira ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, situado a norte de Caracas.

A oposição insiste que a entrada de ajuda humanitária deveu-se às pressões internacionais e que é uma “derrota” para o Governo venezuelano que foi obrigado a reconhecer a gravidade da crise política, económica e social que afecta o país.

“Hoje é um dia de grandes conquistas para todos os venezuelanos e de grande derrota para o ‘usurpador’. Hoje ingressou um avião com ajuda humanitária, para beneficiar alguns venezuelanos em risco de morte”, escreveu o autoproclamado Presidente interino da Venezuela na sua conta na rede social Twitter.

Juan Guaidó frisou ainda que a oposição comprometeu-se com a entrada de ajuda humanitária no país e cumpriu.

A chegada da ajuda humanitária, a bordo de um voo proveniente do Panamá foi coordenada pela Cruz Vermelha Internacional e pelo Crescente Vermelho.

Vários meios de comunicação social venezuelanos usaram a rede social Twitter para divulgar imagens do avião e de parte da carga.

Fontes não oficiais disseram que entre a ajuda humanitária que chegou constam medicamentos, materiais e equipamento médico que vai ser distribuído por 28 hospitais e oito centros de primários de saúde, bem como geradores.