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Medidas de Macron para acalmar “coletes amarelos” custam de 17 mil milhões de euros

Foto REUTERS/Gonzalo Fuentes
Foto REUTERS/Gonzalo Fuentes

O conjunto de medidas anunciadas pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, para tentar travar a crise com os “coletes amarelos” representam um custo de 17.000 milhões de euros, segundo uma avaliação feita pelo ministro da Economia e das Finanças.

Em entrevista hoje ao canal France2, Bruno Le Maire indicou que a verba inclui os 10.000 milhões de euros relativamente às medidas apresentadas em dezembro de 2018 e comunicadas na semana passada por Macron.

Entre as últimas medidas destaca-se a redução em cinco milhões de euros do imposto sobre o rendimento acrescida da reavaliação das pensões e outras medidas a favor dos empregados.

Em dezembro, após as primeiras semanas de protestos dos “coletes amarelos”, que começaram a 17 de novembro, o chefe do Estado decidiu aumentar em cem euros por mês o salário mínimo.

Há mais de cinco meses que os “coletes amarelos” saem à rua todos os sábados para pedir mais justiça social e fiscal, em desfiles por vezes entremeados de violência.

Na quinta-feira, o presidente francês apresentou numa conferência de imprensa um conjunto de medidas visando aumentar o poder de compra dos mais pobres e da classe média.

Macron anunciou uma indexação das pequenas reformas à inflação, uma redução no imposto sobre o rendimento para 15 milhões de famílias até 2020 e garantiu que até 2022 não haverá encerramento de escolas ou hospitais sem acordo das autoridades locais.

A um mês das eleições europeias, cerca de 2.000 “coletes amarelos”, segundo a câmara de Estrasburgo, desfilaram na cidade sede do Parlamento Europeu.

A manifestação, inicialmente calma, registou momentos de tensão quando as forças de segurança impediram o cortejo de seguir em direção às instituições europeias e responderam com granadas lacrimogéneas ao lançamento de pedras e garrafas por parte dos contestatários.

As forças de segurança voltaram a repelir manifestantes, quando alguns incendiaram caixotes do lixo, não muito longe das instalações do Conselho da Europa, tentado construir barricadas.