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Estados Unidos podem decidir novas sanções contra o Irão

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O conselheiro para a Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, indicou hoje que os Estados Unidos podem decidir novas sanções contra o Irão, cujos setores petrolífero e financeiro são já significativamente afetados.

“Penso que irão ver ainda mais sanções a entrarem em vigor ao longo do tempo e uma aplicação ainda mais dura”, declarou Bolton num encontro com a imprensa em Paris, onde estarão durante o fim de semana perto de 70 chefes de Estado para assinalar o centenário do armistício da Primeira Guerra Mundial.

A administração de Donald Trump, que em maio se retirou unilateralmente do acordo sobre o nuclear de 2015 entre as grandes potências e o Irão, já restabeleceu todas as sanções suspensas após a assinatura do pacto.

As sanções são relativas ao setor comercial, financeiro e de energia, penalizando a venda de petróleo iraniano, as transações com o Banco Central e o setor portuário do país, na tentativa de aumentar a pressão económica sobre Teerão.

“O impacto das sanções tem sido bastante significativo no Irão. No plano económico, a moeda iraniana caiu, a inflação quadruplicou e o país está claramente em recessão”, congratulou-se Bolton.

O acordo sobre o nuclear iraniano foi concluído em julho de 2015 entre o Irão e os 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia - mais a Alemanha).

Permitiu acabar com anos de isolamento do Irão ao levantar uma parte das sanções económicas internacionais, tendo Teerão aceitado em troca limitar drasticamente o seu programa nuclear para garantir que não iria obter a arma atómica.

Apesar da saída dos Estados Unidos, os restantes signatários do acordo comprometeram-se a tudo fazer para o preservar.

Os inspetores internacionais têm garantido que Teerão tem cumprido os seus compromissos em relação ao programa nuclear.