Madeira

NÓS, Cidadãos! quer limpeza da Marina do Lugar de Baixo

None

Num momento em que o combate aos plásticos descartáveis está na ordem do dia, com o próprio Governo Regional a ensaiar algumas medidas “ainda parcas nesse sentido nos serviços públicos”, e quando a própria Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, se desdobra em iniciativas pela limpeza do mar, nomeadamente no âmbito da campanha ‘Há mar e mar, há ir e limpar’, o Partido NÓS, Cidadãos! lamenta que o que resta da Marina do Lugar de Baixo, na Ponta do Sol, “continue a constituir um foco de poluição pelos detritos que disponibiliza e que negligentemente não foram removidos”, estando a ser arrastados pelas ondas do mar.

Filipa Fernandes, presidente do partido na Madeira e no Porto Santo, diz que não é possível ficarmos satisfeitos com a “decisão ‘descuidada’ do anterior secretário das Finanças, Rui Gonçalves”, ao afirmar, em Março de 2017, que o Governo Regional não faria mais investimentos na Marina do Lugar de Baixo, porque seria desmantelada e alguns equipamentos seriam entregues às câmaras municipais para novo usufruto por parte da população, deixando o resto da estrutura “ao abandono e à mercê das condições climatéricas”. Para Filipa Fernandes, esta decisão “não é ambientalmente nem ecologicamente responsável”.

A Marina do Lugar de Baixo foi um “investimento público que ficou popular por ter onerado o erário público em mais de 100 milhões de euros (embora a Sociedade de Promoção e Desenvolvimento da Ponta Oeste tenha rectificado os números e apontado para um custo superior a 51 milhões de euros), foi dinheiro jogado ao mar e até o Governo Regional já o admitiu, mas o que o NÓS, Cidadãos! não pode aceitar é que nada seja feito para evitar que os materiais plásticos que estão a descoberto e soltos pela acção das tempestades marítimas continuem por remover”, diz a presidente do partido que salienta o “péssimo ‘aspecto’” que esta realidade dá ao local e pretende evitar que os plásticos, continuem a ser arrastados para o oceano e constituam um foco de poluição.

Daí que defenda para este espaço um “processo de descomissionamento e reabilitação paisagística, que passe pela remoção de todos os materiais passíveis de ser fonte de poluição marinha e pela demolição das estruturas mais frágeis à mercê das levadias, nomeadamente o edifício de apoio à marina”.