Madeira

MAR à espera do Governo da República para ‘navegar de vento em popa’

Roy Garibaldy, administrador executivo da SDM, lembra aprovação de legislação que tem sido adiada nos últimos Conselhos de Ministros

Foto Arquivo /Aspress
Foto Arquivo /Aspress

Com a aprovação na Assembleia da República a Proposta de Lei sobre a segurança privada a bordo dos navios de Bandeira Portuguesa, segundo Roy Garibaldi, administrador executivo da SDM, “foi dado um passo importante” para dotar os navios registados no MAR com segurança a bordo, designadamente aqueles que navegam em águas internacionais com risco de pirataria.

No entanto, alerta o administrador executivo da SDM, há um último passo a dar no que respeita à aplicação e aprovação de legislação sobre o MAR, nomeadamente no que respeita ao regime de hipotecas, de modo a colocar o nosso Registo a par das melhores práticas internacionais neste domínio.

O assunto voltou a não ser incluído na agenda do último Conselho de Ministros desta legislatura, realizado a 19 de Setembro, sendo que só poderá voltar a ser tema quando e se o novo/futuro governo tomar posse e começar a trabalhar.

Refira-se que o crescimento exponencial do MAR tem proporcionado a Portugal uma frota de qualidade, tendo contribuído decisivamente para que o País e, consequentemente, também a Europa, tenham mais peso nos grandes fóruns marítimos internacionais, nomeadamente na International Maritime Organization (IMO), onde se discutem e decidem os grandes temas relacionados com o mar e o transporte marítimo.

Os dados mais recentes revelam que o Registo Internacional de Navios da Madeira continua a assinalar uma tendência positiva de crescimento. Desde o fim de 2018, num período de seis meses, o MAR assinalou um crescimento de mais 27 navios de comércio. Com um total de 653 embarcações registadas, a 30 de Junho, o MAR mantém a sua posição cimeira entre os registos internacionais europeus, quer em número de navios quer em tonelagem.

A edição impressa do DIÁRIO desta quinta-feira traz como manchete o facto de Portugal ter ascendido ao 15.º lugar do ranking da OCDE dos países que têm registos de navios, tendo dado um pulo desde o 18.º em 2017, ultrapassando Dinamarca, Índia e Itália, estando agora mais próxima da Noruega e Indonésia. O ranking é elaborado consoante a tonelagem de arqueação bruta dos navios registados e é liderado pelo Panamá desde 1995. Nesse ano, Portugal ocupava a 48.ª posição. No início do ranking (1980), quando nem havia sequer o CINM ou, no caso, o MAR, Portugal ocupava a 38.ª posição.