Câmara de Machico inicia amanhã exumação de ossários no cemitério do Porto da Cruz
A Câmara Municipal de Machico informa que está a proceder à vedação e consequente restrição de utilização de todo o espaço do Cemitério Municipal do Porto da Cruz, tal como foi sugerido pela Comissão de Acompanhamento Técnico do cemitério.
Terminado o tempo concedido aos familiares, após a devida notificação, para indicar qual o destino a dar às ossadas dos sepultados, a exumação dos nichos e ossários em uso no cemitério terá início na próxima terça-feira, 18 de Fevereiro, estimando que esta operação esteja concluída em 30 dias.
A Autarquia recorda que após a devida análise técnica do cemitério, concluiu-se que a reabilitação daquela infra-estrutura não seria viável, tendo a CMM iniciado o processo para levar a cabo a desactivação de todas as estruturas que apresentavam algum tipo de risco.
Na mesma avaliação, constatou-se que a encosta sobranceira ao cemitério apresenta-se instável, pelo que uma vez concluído o processo de exumações, a mesma será “alvo de uma análise mais pormenorizada e possível intervenção de modo a eliminar também qualquer risco que de ali venha”, refere a Câmara Municipal, através de comunicado.
Face ao estado de degradação, provocado pelo temporal de Novembro 2013 e na consequência do abatimento da estrada regional confinante (entretanto já solucionado pelo Governo Regional), nada mais restou à Autraquia de Machico do que “remover todo o material em condições de ser reutilizado na reactivação deste mesmo cemitério ou de outra obra pública”.
Tendo em conta o que for projectado para este cemitério, sobretudo na forma como o mesmo possa voltar a funcionar, “foi já pedido colaboração ao Governo Regional no sentido de comparticipar o custo do parecer do LREC, que requer 1 ano de monitorização do local”, com um custo de 5.297,00 euros+iva.
Apesar deste período de monitorização, a Autarquia de Machico tem já planeado diversas intervenções com vista a eventual reactivação deste espaço, nomeadamente:
1 – Exumação dos corpos;
2 – Avaliação e consolidação da escarpa sobranceira ao cemitério;
3 – Remoção do material existente no cemitério com reaproveitamento do mesmo;
4 – Demolição das estruturas sobrantes que se apresentam instáveis;
5 – Orçamentação e viabilidade financeira para execução dos trabalhos;
6 – Concepção de estudos e projecto, dependendo da sua viabilidade;
7– Execução da obra com vista a eventual reactivação do cemitério.
Será de referir que entre cada uma destas fases, a comissão de acompanhamento irá fazer um ponto de situação, por forma a garantir que o passo seguinte é exequível.