Madeira

BE recomenda a desactivação da lota do Porto do Funchal

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O Grupo Parlamentar do BE na Assembleia Legislativa da Madeira considera que a permanência da lota no interior do Porto do Funchal “constitui um péssimo ‘cartão de boas-vindas’” aos milhares de turistas que desembarcam nos navios de cruzeiro, no Funchal. Em causa está o odor do pescado, as gaivotas que sobrevoam a lota e os seus dejectos espalhados no local, manchando a imagem desta “importante porta de entrada de turistas na Ilha da Madeira”.

Aproveitando a intenção declarada pelo Governo Regional, de proceder à requalificação da lota do Funchal, com um custo aproximado de 4 milhões de euros, o BE considera que o Governo Regional deveria “retirar a lota deste local, melhorando as condições para a recepção dos turistas de cruzeiros e aproveita o espaço para a construção de uma segunda rampa para ferries, conforme projecto existente desde os anos 70 da autoridade portuária” dotando assim o porto com condições para receber dois navios ferry em simultâneo.

É ainda intenção do BE avaliar se a lota do porto do Caniçal “não terá capacidade de resposta ao volume de pescado descarregado na região, e se uma eventual requalificação desta mesma lota não seria suficiente para as necessidades do sector”, ponderando se o “custo-benefício de uma eventual construção de nova lota, e do seu funcionamento corrente, não seria melhor aplicado na eventual compensação aos profissionais da pesca que tenham de incorrer em custos extra por descarregar o pescado no Caniçal em vez do Funchal”.

Razões que levam o Grupo Parlamentar do BE na Assembleia madeirense a apresentar um projecto de resolução a recomendar ao governo regional que “desactive a lota do porto do Funchal, reforçando as condições deste espaço para o desembarque de passageiros e turistas, construa uma segunda rampa RO-RO para a operação de duas embarcações ferry em simultâneo e avalie o custo-beneficio de uma nova lota versus a requalificação da lota do Caniçal”.