Madeira

Até 2080, a Madeira deve perder mais de um terço da população

Foto Rui Silva/ASPRESS
Foto Rui Silva/ASPRESS

“Medonho” é o cenário que Ricardo Miguel Oliveira apresenta, numa análise aos dados estatísticos e previsões da evolução demográfica da Madeira, até 2080.

O director do DIÁRIO de Notícias fez a primeira intervenção na conferência ‘Os Madeirenses no Futuro’ que decorre no Centro de Congressos da Madeira.

Uma intervenção que começou com referência aos trabalhos que o DIÁRIO apresentou, do economista João Abel de Freitas e de jornalistas que percorreram os concelhos da Região.

As previsões mostram que, em Portugal, a população passará dos actuais 10,3 milhões para apenas 7,5 milhões, em 2080, sendo que os jovens serão muito menos e os idosos cada vez mais.

A população activa, segundo as previsões, passará dos actuais 6,7 milhões para apenas 3,8.

Na Madeira, a diminuição da população é evidente. “Desde 2012 que já não nascem mais de 2.000 bebés por ano” na Região. No ano passado nasceram 1.919 e morreram 2.729 madeirenses.

As previsões para a Região apontam para uma perda de mais de 36% da população que será, em 2080, de 165 mil pessoas.

“Meia ilha estará para alugar”, prevê Ricardo Miguel Oliveira que não tem dúvidas de que a ocupação do território acentuará, ainda mais, a desertificação do Norte.

O cenário “medonho” da população é traduzido na previsão de que, em 2080, haverá 307 idosos por cada 100 jovens.

“Seremos menos e cada vez mais sós”, conclui.