Exemplos que não vimos!
Acreditem, meu amiguinhos, morremos velhinhos e coisa que não vimos são exemplos desta natureza, neste País à beira mar plantado.
E podem lá estar no Poder, senhores (ou senhoras) da chamada Direita, Esquerda, Centro, Meia-Direita ou Meia- Esquerda, que os comportamentos não diferem muito.
Podemos fazer mais um, dois, dez ou cem “25 de Abril” ou de “Abris” que a “coisa” neste particular pouco ou nada se altera.
A nossa mentalidade é de ser” pobre fazendo vida de rico” e, independentemente, da pessoa em causa, mais evoluída ou menos culta, com mais ou menos idade, o defeito está na” massa do sangue”, daí nada a fazer.
Ora vejamos:
Para assistir ao jogo Inglaterra- Croácia, a contar para o Mundial de futebol, a primeira Presidente croata – Krolinda Grabar – pagou a sua própria passagem em voo comercial, pediu uns dias de licença – SEM VENCIMENTO – e assim pôde estar na Rússia, na arquibancada do estádio junto com os fãs a apoiar os seus jogadores frente à Inglaterra.
Após o jogo, deslocou-se ao balneário e cumprimentou todos os atletas.
Gestos e procedimentos simples e exemplares que não têm qualquer comparação com os que verificamos no nosso País.
Aqui, raro é o político que dá “ponto sem nó” que faça algo sem olhar ao seu proveito próprio, que faça algo que não seja a expensas do Estado.
Ou seja, o dinheiro sai dos bolsos, sim, mas dos bolsos dos contribuintes!
O político em Portugal – com uma ou outra exceção - não está “talhado” para servir o Pais, mas sim, para servir-se do País.
O que fez a Presidente croata – pagar os bilhetes de avião do seu bolso e pedir uns dias de licença sem vencimento – ninguém faz isso cá, mas se alguém o fizesse, andávamos a “gramar” as imagens na TV e a ler e ouvir comentários bajuladores em tudo quanto é jornais, rádios e revistas, durante semanas a fio.
Seria visto como um feito glorioso!
É pena que sejamos assim, mas somos.
E se não fossemos como somos, este País e nós todos estaríamos muito melhor.
Antigamente – diziam – o povo suportava todos os” oportunismos políticos” – aqui, quando acontece, é disso que se trata - porque vivia numa ditadura e grande parte da população era analfabeta.
Hoje, vivemos em democracia e liberdade – salvo seja – e em cada casa há um doutor ou um engenheiro, mas os” oportunismos políticos” continuam e, no mínimo, mais descarados e, provavelmente, em maior número.
As Leis fazem-se e aprovam-se para que aquele ou aquela que sirva (?) o País seja bem pago, tenha inúmeros privilégios que devem se estender pela vida fora até a hora de” bater as botas”.
E o povo, na sua inocência ou na sua insensatez, vai validando com os seus votos, em eleições após eleições, esta situação, sem questionar ou, ao menos, demonstrar a sua insatisfação.
MANDAR neste País ou mesmo só ocupar as confortáveis cadeiras da Assembleia da Republica ou dos Parlamentos Regionais, é uma dádiva Divina que os felizardos deveriam agradecer com muitas e muitas orações!
Juvenal Pereira