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14 crianças disputam sábado o Festival da Canção Infantil da Madeira

No Dia do Livro foi apresentado o 5.º volume da colecção ‘20’, com 20 canções deste festival. ‘Fantasia’, inclui os poemas, as partituras e permite fazer karaoke.

Diogo Silva interpretou ‘Fabo’, o tema com que ganhou no ano passado o festival. Ver Galeria
Diogo Silva interpretou ‘Fabo’, o tema com que ganhou no ano passado o festival.

14 crianças entre os seis e os dez anos disputam com 12 canções a edição deste ano do Festival da Canção Infantil de Madeira, no próximo sábado, às 16 horas no Centro de Congressos da Madeira. Todos são solistas pela primeira vez, num espectáculo alusivo aos 600 anos e que terá como apresentadores dois ex-vencedores deste concurso: Diogo Garcia e Júlia Ochoa. A edição foi apresentada esta manhã na Direcção de Serviços de Educação Artística e Multimédia (DSEAM), tendo a organização aproveitado ainda a ocasião e o facto de hoje ser Dia Mundial do Livro para lançar o 5.º livro/CD da colecção ‘20’, intitulado ‘Fantasia’.

Dez dos pequenos cantores que se apresentam este ano no Festival são do concelho do Funchal, três de Machico e um de Santa Cruz. Beatriz da Guia junta-se a Beatriz Oliveira para cantar ‘O Tabaibo’, de Jorge Ferreira (música) e Lucília de Sousa (letra); Ana Isabel Vieira vai interpretar ‘Vamos Dançar Chachachá’, com música criada pela dupla Carolina Caires e Rita Ferreira e letra desta última. ‘Mariana Gonçalves’ sobe ao palco com ‘Flor de Estufa’, de Micaela Caldeira (música) e Lisandra Tavares (letra). ‘Brincar ao Faz de Conta’, de Carina Freitas (música) e Eva Lara Falcão (letra), será interpretada por Ana Beatriz Cabral. Ana Carolina dá voz a ‘Fada dos Animais’, tema composto por Marta Faria (música) e José Carlos Mota (letra). Sopa d’avó T’resa’ será defendida por Artur Correia, é uma canção da autoria de Ricardo Correia (música) e Filipa Silva (letra). ‘Viajar’ é o convite de Leonor Magalhães nesta edição, tem música de José António Magalhães e letra de Catarina Canhoto. No alinhamento estão ainda Ana Santos com o tema ‘Olhar de Criança’; Inês Pereira com ‘A Minha Braguinha’; Margarida Jesus com ‘Mundo de Sonhos’. A primeira é uma canção de Cristina Silva (música) e Noémi Reis (letra); a segunda na íntegra de Rodolfo Cró e a terceira também apenas de Isabel Maria Reis Gonçalves. André Caires canta ‘O Rei cá da Casa’, uma canção de Carolina Caires, a anteceder a subida ao palco das últimas duas concorrentes: Bruna Figueira e Matias Ornelas, que cantam ‘Herdeiros da Madeira’, de Elsa Cabrita (música) e Carla Fernandes (letra).

Este ano estão presentes três novos autores, Rodolfo Cró e Isabel Maria Reis Gonçalves com letra e música e ainda Carla Fernandes como letrista.

Na apresentação, o director de serviços da DSEAM destacou a longevidade do festival, “o festival português com mais edições anuais consecutivas”, assim como a importância do trabalho de educação artística nas escolas. Foi também uma oportunidade para promover o novo livro da colecção ’20’, uma forma de manter no tempo e divulgar as canções que têm vindo a fazer parte deste festival e que estão a ser reunidas num conjunto de seis, com 120 dos mais de 500 temas que fizeram as várias edições.

“Acreditamos que nestes 38 anos de Festivais, a Madeira foi a Região do País onde se criaram e interpretaram o maior número de canções para a infância. Os resultados estão à vista de todos com o número de crianças e jovens madeirenses que participam em festivais e programas de televisão nacionais e que ganham os melhores prémios”.

A edição ‘fantasia’ foi apresentada por Carina Freitas, ela própria um testemunho deste festival. Foi solista na 4.ª edição, tornou-se autora/compositora no 17.º e integra com ‘Plim! Fantasia’ este livro agora lançado, por altura do 38.º. A pedopsiquiatra destacou a importância das artes na vida das pessoas e em particular das crianças. “Apesar da minha profissão não estar ligada à música, tento envolver a música naquilo que posso porque as artes são uma mais-valia na formação integral da pessoa, as artes que nos dão a sensibilidade, a empatia e nos tornam mais criativos”, afirmou. “Quando nós somos mais criativos, nós estamos mais bem preparados para a vida porque a criatividade ajuda-nos a arranjar soluções para os imprevistos”.

O livro está organizado com os 20 poemas das canções, no final estão as partituras. São 20 canções que passaram pela história do Festival, de 35 autores de letras e músicas, ilustradas por Sofia Reis. Carina freitas, que volta a concorrer nesta edição, diz que o livro é para estimular a criatividade e a imaginação das crianças. “A criança não precisa só de bons alimentos e bons nutrientes para que o seu crescimento seja saudável. Uma criança também precisa de estímulos ricos e de qualidade para estimular as suas competências cognitivas e a imaginação e a sensibilidade e a empatia. É isso que nos torna pessoas mais humanas, mais sensíveis, mais criativas”.

Marco Gomes disse que o Festival e em particular os solistas são um reflexo da aposta da Secretaria Regional da Educação no ensino das artes na Madeira, não apenas nas escolas, mas também nas actividades extracurriculares, e que foi uma aposta ganha, a confirmar pela abertura e a sensibilidade que a maior parte das crianças e jovens têm neste domínio. “Temos vários jovens que até ao nível de concursos nacionais e internacionais ganham prémios e isso depende naturalmente da excelência, do rigor, do trabalho de cada um, mas também das oportunidade e deste ambiente propício às artes que hoje na Região existem e que hoje ultrapassam a mera dimensão musical, penso que hoje já é uma questão de cultura da Região que está cada vez mais interiorizada”.

Sobre o festival disse ainda que tem marcado “não apenas a fantasia e a memória das pessoas, mas efectivamente a vida de todos aqueles que directa ou indirectamente estão ligados à educação artística, à música”. Para o director regional da Educação, o Festival da Canção Infantil de Madeira “é desde há muito tempo e continua a ser de facto um marco do ponto de vista das artes e da cultura ao nível da Região”.

Os bilhetes podem ser comprados no Balcão da SER na Loja do Cidadão; na DSEAM na Travessa da Nogueira. n.º 11 e no local do evento. A bilheteira abre duas horas antes do espectáculo.