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Santa Cruz para avançar precisa mudar!

Com agosto a terminar, setembro abre um ciclo político decisivo: regressam os trabalhos parlamentares, aproximam-se as eleições autárquicas e inicia-se a preparação do Orçamento do Estado para 2026, onde será imperativo assegurar à Região meios adequados, corrigir desigualdades e compensar os encargos da insularidade, que afetam a vida das pessoas.

As autárquicas de 12 de outubro terão papel decisivo na democracia e no futuro dos municípios. Nas Regiões Autónomas têm ainda mais relevância, pois influenciam a execução de políticas, a gestão de recursos e a articulação entre municípios, Governo Regional e Estado. É essencial escolher candidatos competentes e comprometidos, capazes de transformar investimentos em melhorias reais.

Para o PSD da Madeira, o desafio é duplo: reforçar a confiança onde governamos bem e recuperar concelhos onde a estagnação tomou conta. Santa Cruz é o caso mais evidente. Há 12 anos que o JPP governa. O PSD respeita a vontade popular, mas respeito não é silêncio nem resignação. Temos uma visão de crescimento e progresso distinta do JPP. Hoje é inevitável dizer: Santa Cruz está parado. Pouca estratégia, muita retórica, pouca execução. Quando a política se limita a gerir o calendário, a vida atrasa e as necessidades ficam sem resposta.

Caniço precisa de mobilidade que reduza tempos e amplie oportunidades; a Camacha reclama reabilitação inteligente e aposta na economia criativa; Gaula necessita de atenção às ligações e apoio ao comércio. Santo António da Serra deve transformar vocação agrícola e natureza em valor económico. A cidade de Santa Cruz merece um centro vivo que devolva orgulho e movimento. Os desafios são claros: descentralização com meios adequados, habitação, mobilidade, fixação de jovens, sustentabilidade e inovação — cada dia sem resposta é uma oportunidade perdida.

O JPP em doze anos não construiu habitação municipal nem lançou plano local, não criou condições para atrair empresas e investimento, não apoiou o comércio e falhou no turismo sustentável, gerador de riqueza e empregos de qualidade. Também falhou em apoios consistentes a famílias, idosos e associações. Num concelho com património único, não cuidou do essencial: resíduos, limpeza, preservação costeira e espaços verdes.

A governação foi marcada por confronto, crítica fácil e vitimização. Resultado: isolamento e perda de parcerias. Perdeu-se tempo quando devíamos ter ganho visão, ambição e futuro!

Santa Cruz tem condições para inovar: habitação acessível, turismo aliado ao comércio, cultura além do calendário, economia verde e tecnologia ao serviço das pessoas. E tem, sobretudo, as suas gentes — a prioridade. O potencial existe, faltou liderança para unir, planear a médio e longo prazo e tornar Santa Cruz competitivo.

O futuro cabe aos cidadãos decidir: coragem para avançar, com Saturnino Sousa, candidato do PSD. Não é preciso prometer o impossível — é preciso garantir o indispensável: fazer o que o JPP não soube!