Camião a 30, camião a 100
Se circula na Via Rápida (VR1) diariamente, já deve ter se apercebido que não há dia que não encontre pelo menos um camião na direita circulando em marcha lenta (a menos de 30 km/h), ou/e um camião em velocidade excessiva na esquerda a 100 km/h (ou mais); ambas as situações colocando os utentes desta via em risco e ambas contra-ordenações, não fiscalizadas.
Circular em marcha lenta (provalvelmente por excesso de peso), numa Via Rápida onde se circula normalmente ao triplo da velocidade é altamente perigoso e ilegal, sem estar devidamente sinalizado; embora não exista velocidade mínima atribuída para as Vias Reservadas a Automóveis e Motociclos como é a VR1, a meu ver é contraproducente não circular a pelo menos 60 km/h.
Por outro lado, circulando a velocidade excessiva vemos pesados de passageiros, de mercadorias e até de substâncias perigosas ou/e inflamáveis, sem rotativos azuis que justifique uma marcha em excesso de velocidade, mas que pior, é muitas vezes uma velocidade excessiva para o local e condições de trânsito, situação agravada por os pesados precisarem de mais Distância de Paragem, assim como pelos elevados danos que podem causar, em caso de acidente. Embora a sinalização vertical na VR1 tenha subido os valores máximos de velocidade previstos no Código da Estrada para veículos pesados, até com atrelados, mais uma vez acho que para veículos pesados 100 ou mesmo 90 km/h, é uma velocidade excessiva para a maioria dos locais, onde frequentemente há lombas, curvas de visibilidade reduzida, bastante trânsito, entroncamentos... embora a sinalização o permita, nem sempre é seguro.
Além de perigoso e ilegal, nas mãos de profissionais do volante é de uma completa falta de profissionalismo, que por negligência ou dolosamente, ignoram regras de segurança e colocam os outros em risco. O que assistimos no nosso dia a dia na Via Rápida começa a ser preocupante, inclusive choques em cadeia envolvendo Pesados... Pede-se mais fiscalização, leis adequadas e mais responsabilidade na estrada, por parte de todos.
Duarte Sousa Melim
