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Crónicas

Orgulho no Povo, no PSD e em Albuquerque

Temos de nos defender em Lisboa e, para isso, precisamos bons deputados

A expectativa é muito elevada. São quatro anos e meio com estabilidade política garantida que tem de ser aproveitada sem qualquer desculpa. Ou conseguimos o essencial das novas ambições para a Madeira ou dificilmente teremos uma nova oportunidade tão boa.

Evidentemente que saber quem será governo em Lisboa ajudará a determinar o alcance das nossas conquistas. Escreveremos mais quando soubermos o resultado das eleições de 18 de Maio.

Entretanto, saúdo os novos governantes regionais, na generalidade uma nova geração de políticos com diferentes experiências profissionais.

Miguel Albuquerque continuará a fazer a coordenação política do governo havendo, da minha parte, total convicção do acerto das escolhas. Nunca há equipas perfeitas mas estou certo que esta é uma boa seleção para os desafios de futuro.

A RESTAURAÇÃO da liderança social democrata na mesa da Assembleia Legislativa é satisfação muito grande. Escrevi muito sobre isso e procurei antecipar este resultado. Só agora foi possível, ainda que não tenha sido por concordância do usurpador mas por mera sobrevivência do partido ocupante.

Como madeirense, tenho orgulho na presidência de Rubina Leal.

Papa Francisco

Cumprimentar o Papa João Paulo II foi o melhor momento espiritual da minha vida. Estar junto ao Papa Francisco, na Praça S. Pedro, foi o segundo. Senti imediatamente a sua grandeza e esplendor humano junto das pessoas. Agradeço ter estado ao seu pé e viver o conforto da sua benção e alegria por partilhar momento inesquecível para os que tiveram esse privilégio.

PSD só morre por dentro

Alberto João Jardim sempre disse que o PSD só morria se destruído por dentro. Nunca teve mais razão. Deve ser por isso que tudo faz para impedir o sucesso da actual liderança social-democrata na Madeira. E se associou a Manuel António Correia. O instinto auto-destrutivo. Mais uma pesada derrota.

Desta vez já percebemos que não vota.

Elencou oito exigências para votar em 18 de Maio. Pelo teor das mesmas, que me recuso a digitar, faz lembrar a anedota da professora que, para atrapalhar o Zequinha, o questionou para dizer o nome, morada e número de cada cidadão da lista telefónica de Tóquio. Só assim iria ao pátio do recreio. Conversa para tolos.

Já agora, ainda que adivinhe quem o encaminha para a luta contra os subsídios - ninguém distribuiu mais subsídios que ele - e contra o turismo de massas, pergunto: porque entregou, de mão beijada os nossos aeroportos por cinquenta anos, se agora quer a sua gestão pelos madeirenses? Há decisões que exigem explicação. E o que propõe para a sua recuperação? Repito: o que propõe para a sua recuperação, depois de, por sua culpa, terem sido “oferecidos” aos franceses?

Registei o elogio de Jardim ao José Manuel Rodrigues. Fica bem agradecer o “prémio” recebido da Assembleia por decisão de Rodrigues, outrora o execrável representante da “Madeira Velha”. A hipocrisia é rainha.

Eleições

Já não há pachorra para insistir na explicação da importância das próximas eleições. Não é só o país que está em causa. É, também e mais que tudo, a sobrevivência da nossa Autonomia, enquanto instrumento fundamental do nosso desenvolvimento, segurança e procura por um bom nível de qualidade de vida. Temos de nos defender em Lisboa e, para isso, precisamos bons deputados.

Tudo fica mais facilitado com um governo estável do PSD. De Luís Montenegro. Vamos a isso.

Economia com CDS

De vez em quando é preciso encaixar o CDS no governo regional. Como não temos pastas da defesa, canto coral ou religião moral, entregamos a economia. Um dossier um pouco como a “estátua do semeador” na nossa Cidade: ninguém se lembra.

A economia da Madeira é turismo. A falta de matérias primas e a insularidade dificultam a indústria. Ainda que os governos de Miguel Albuquerque bem tenham ajudado.

Só que, para qualquer função pública, é necessário um mínimo de qualificação. António Costa fez uma aprendizagem forçosa da língua inglesa para ser presidente do Conselho Europeu. José Manuel Rodrigues terá de aprender conceitos básicos de economia, finanças e contabilidade. Não o fazer é que será caricato. Precisa saber, por exemplo, interpretar um balanço de empresa. Nada mais natural. O homem fala de tudo. Mais arriscado é tomar decisões.

Já agora, alguém sabe informar onde é a sede do CDS ? Era na presidência da Assembleia Legislativa? Para que edifício público passa?

A vigarice dos debates nas tv’s

Só um país com órbita africana define o nosso modelo de debates eleitorais entre candidatos. É um absurdo que toma os portugueses por tolos, patetas, burros, incapazes e sem preparação para uma opção política, não recomendada, nas eleições. Os candidatos falam, uns com os outros, menos de quinze minutos cada e, de imediato, seguem-se horas de opinião por comentadores politizados que não fazem mais que influenciar os menos avisados tele-espectadores. As pontuações são escandalosas. O mais ridículo é assistir a comunistas profissionais a dar opinião sobre debate entre políticos que não são de esquerda. Ou ouvir a voz viciada da Ana Gomes, da Catarina Martins, entre outros, que fazem os mortos se mexerem. São políticos concorrentes que não se percebe onde está a legitimidade para dar opinião.

Vivemos uma farsa democrática. Materializada pelas tv’s. Consentida pelos políticos.

Certo, seriam os debates realizados na RTP-2, ajudando a justificar a sua existência, sem publicidade comercial adjacente, sendo permitido aos canais privados repetirem o que de maior interesse for dito. Mas cabe aos partidos denunciarem a pouca vergonha dos comentários viciados e tendenciosos feitos por “profissionais” da política não eleitos.

E ninguém reclama o lucro publicitário nos canais televisivos aproveitando as audiências dos debates gratuitos?

25 de Abril

É a data comemorativa mais importante. Foi a partir dela que me foi proporcionada liberdade, democracia e autonomia. Fui conduzido, pela anterior liderança regional, a abjurar reconhecimento pelo 25 de Abril. Até, na Assembleia Legislativa da Madeira, foi comemorado o 25 de Novembro como forma de agredir a liberdade de Abril. É preciso ir repondo a verdade da nossa História.

Sanções internacionais

É muito duvidosa a seriedade da aplicação de sanções a países prevaricadores a quem a comunidade internacional quer castigar. Por mais sanções que apliquem há sempre novas sanções a adicionar. Parece não saberem identificar o universo total de sanções a aplicar e, todas as semanas, há novas sanções a acrescentar. Cheira a vigarice global. Na medida das conveniências.

Terrenos para habitação

Ouvi um debate em que se proponha que as cooperativas de habitação pudessem construir mais vinte por cento de índice que o fixado pelo PDM. É uma iniciativa errada e perigosa. A quantidade de construção não deve ser em função da qualidade do promotor. Então, se eu comprar um terreno, a minha vizinhança não fica sujeita ao PDM que conheço mas à qualidade do promotor que não imagino.

Serpentes em Ibiza

No ano passado foram capturadas duas mil e quatrocentas serpentes em Ibiza. Também conhecidas por cobras. As autoridades pensam ser metade da população desses animais na Ilha. Algumas são deveras enormes, com vários metros. A sua origem está associada ao transporte de árvores para Ibiza, principalmente na época da hibernação.

Esperemos que a nossa diligente fiscalização saiba conter idêntica invasão na Madeira. Como de outros bichos indesejáveis.