“E viva o velho!”
A sorte e o azar são uma única e uma mesma coisa! Tal qual uma moeda! Que tem duas faces, opostas e sempre diferentes! E quer a sorte quer o azar, podem-se encontrar, um ou outro, como também se podem evitar, de acordo com as circunstâncias, e será melhor evitar o azar!
Usando um exemplo banalíssimo mas muito lógico para evitar o azar, poderá ser o uso de calçado ortopédico com sola de borracha, de tal modo que não escorregue durante a marcha ou a corrida. Para além do conforto, próprio deste tipo de calçado, será muito importante a partir dos 58 anos, ou à volta desta idade! Os sapatos altos, normalmente usados pelo sexo feminino, e agora, em menor escala pelo sexo masculino, representam um perigo de queda, justificada e até esperada, para além de exigir esforço muscular nas pernas. Aos 20 anos de idade, uma queda para o chão, provoca arranhões, aos 50 e muitos ou 60 e tal, uma queda, pode fazer “mossa”, provocar uma fractura óssea, com as diversas inaptidões daí resultantes. O conforto e o desconforto, são muito importantes para todas as pessoas, cada uma delas devendo saber como procurar um e evitar o outro. A idade e a condição física de cada um, interferem particularmente nas disponibilidades individuais, de modo a correr menos riscos, nos acidentes, sejam domésticos ou espontâneos, normalmente imprevisíveis. Não direi nunca para se deixar de ir ali ou acolá, mas aconselho toda a gente a corrigir adequadamente os seus actos da vida diária, evitar os comportamentos de risco, sem se esquivar do que é ou era habitual. Envelhecer é uma situação perfeitamente natural e as coisas naturais vão sempre existir e perdurar, tal como o vento, a chuva e as nuvens, mas a nossa sabedoria proveniente do “material” encefálico, tem de ser posta à prova, para todos os acontecimentos e em todas as circunstâncias. Tudo se pode fazer, com a dose certa, na medida adequada, no tempo e na hora, de acordo com o organismo e com a sua própria funcionalidade. Os números do nosso país apontam para um aumento dos velhos e um declínio dos novos, uns porque vivem mais tempo, outros pelo decréscimo das gestações. E estes números têm significado para reconhecer que ser activo ou inactivo na velhice, não pode ser um acontecimento decidido pelo azar ou pela sorte. A prevenção - feita do princípio ao fim - é o caminho mais lógico e mais indicado para manter a saúde em boa forma. Como se faz? Com exercício, adaptado às idades de cada um! E com alimentação adequada! Daí que os mais idosos têm a obrigação de se protegerem, quer na parte de dentro, quer na parte de fora! O futuro, está ou deve estar nos jovens, mas a actualidade tem de ser feita com os velhos. Os mais velhos têm de manter um “status” equilibrado, contando sempre com as inovações e o progresso, que aos jovens diz respeito!
Quem quiser ter saúde tem de a saber procurar, não acontece de borla, nem cai do céu!
Assim finalizo, desejando Boa Páscoa, com muita sorte, e ausência do azar! E antes de mais “Viva o Velho”!
P.S. Os “Doors” vieram à Madeira? Puro e genuíno rock dos anos 60! Para ouvir de olhos fechados e ouvidos bem abertos! Grande homenagem ao James Douglas Morrison!