Sem dúvida PSD
O quadro parlamentar que resultar do próximo sufrágio estará em funções, pelo menos, 14 meses. Parecendo pouco, comparativamente a todas as legislaturas que se viveram até 2023 não deixa de corresponder, sensivelmente, à soma das duas últimas legislaturas da Assembleia Regional. Curiosamente, as únicas duas eleições em que o PSD – ou a coligação que este liderava – não conseguiu a soma dos 24 deputados necessários à formação de uma maioria.
É óbvio, salvo melhor opinião, que qualquer executivo de estabilidade na Madeira que dure mais de 14 meses dependerá sempre da votação do PSD. Mesmo que outras maiorias se possam formar, nenhuma apresentará a consistência, tenacidade, experiência e, arrisca-se, a competência para liderar a Madeira num tempo extraordinariamente exigente.
Sou neto de comerciantes, com a 4ª classe, que no Funchal antigo ambicionavam para os seus filhos um futuro em que pudessem estudar. Uma geração que, ao fazer agora 90 anos, lembra, diariamente, os sacríficos daquela época e quanto a Madeira mudou. Primeiro pela visão de Alberto João Jardim que ligou o que as montanhas dividiam e fez ouvir os anseios madeirenses de forma única em todo o território continental. Depois, por Miguel Albuquerque, que transformou a Madeira num território mais visitado, competitivo e onde os níveis de emprego e remuneração dos jovens e entre estes subiram substancialmente. Alguém que colocou a Madeira no mapa dos descobrimentos da era digital. E os méritos de todo esse tempo foram alcançados sob a égide da família PSD.
A nenhum correu tudo bem, mas ninguém poderá dizer que a Madeira não foi bem governada.
Mais do que o desagravamento fiscal prometido, a garantia pública para a aquisição da primeira casa até aos 40 anos e a redução do custo das creches promovidos e anunciados pelo PSD, o voto deve recair neste partido porque é o único que responsavelmente projetou sempre o futuro e fez da Madeira a sua causa de vida.
Quem não se lembra de Paulo Cafôfo entoar que a Madeira era a sua causa de vida e fugir para as comunidades em 2021 depois de umas eleições autárquicas em que foi derrotado? Ou de um Miguel Castro que dizia não fazer sentido apresentar uma moção de censura, mas que se vergou à decisão de um André, de Lisboa, que quer/quis vir cá fazer campanha à Assembleia Regional e decidir em Lisboa o futuro dos madeirenses? Ou de um Élvio Sousa que se Juntou Pelos Papelinhos e promove, permanentemente, um leilão de propostas cuja exequibilidade ninguém viu em Santa Cruz a não ser numa forte comparticipação às sociedades de advogados do continente, para perderem os processos todos contra a Região?
Terminando, faço este apelo: o PSD são os homens e mulheres que vereda acima e encosta abaixo levam a bandeira da autonomia e as causas da social-democracia mais longe. São os militantes base, os autarcas, os jovens e aqueles que através da sua conduta diária dão tudo à Madeira. É, sobretudo, neles que votarei no próximo dia 23. Porque a Madeira e a sua estabilidade são a nossa causa e esta só se vence quando nos unimos em torno de algo maior. Mais do que nunca, sem dúvida, PSD.