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Regionais 2025 Madeira

Livre propõe centro de acolhimento para crianças vítimas de violência

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Foto Lusa

A candidatura do Livre às eleições antecipadas na Madeira propôs hoje a criação de um plano regional de combate e prevenção da violência doméstica contra as crianças, que inclua a disponibilização de um espaço de acolhimento para estas vítimas.

"Nós propomos criar um plano regional de combate e prevenção da violência contra as crianças, com metas concretas e uma fiscalização contínua, como criar um centro regional de apoio à criança vítima", afirmou a cabeça de lista do Livre, Marta Sofia, em declarações à agência Lusa.

Falando em frente à Associação Presença Feminina, no Funchal, antes de uma reunião com esta entidade no âmbito de uma iniciativa de campanha eleitoral, a candidata sublinhou a necessidade de abrir um espaço de acolhimento onde as crianças e jovens vítimas de violência doméstica possam obter um atendimento psicológico e social com psicólogos infantis e assistentes sociais.

Marta Sofia salientou que a violência doméstica não é só entre cônjuges e que "os maus-tratos infantis foram normalizados" na cultura portuguesa, defendendo que é preciso efetuar um trabalho de sensibilização que envolva os pais, as escolas, profissionais de saúde, associações e toda a sociedade civil.

Falando da violência doméstica em geral, defendeu também um maior apoio às organizações e associações que trabalham nesta área e vincou a necessidade de expandir a rede de casas de abrigo e de acolhimento de emergência, melhorando as respostas especializadas às pessoas acolhidas.

"Queria também dizer que, a par disto tudo, é necessária uma coordenação dos tribunais de família e criminais para a proteção rápida das vítimas e um recurso imediato às ordens de proteção para vítimas e os seus familiares próximos, para não assistirmos a casos que têm sido recorrentes na nossa região que depois culminam em assassinatos, tanto da mãe como do filho", acrescentou.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).