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Madeira

CHEGA acusa PSD e CDS de abandonarem magistrados das regiões autónomas

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O CHEGA viu ser reprovado, na Assembleia da República, um projecto da sua autoria que recomendava ao Governo nacional a actualização do suplemento de fixação atribuído aos magistrados judiciais que exercem funções nas regiões autónomas. A proposta foi rejeitada com os votos contra do PSD e do CDS, bem como as abstenções do PS, Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal, PCP e Livre.

De acordo com Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República, "a iniciativa visava corrigir o que o partido interpreta como uma injustiça, dado que o valor do suplemento permanece inalterado há décadas, apesar das exigências acrescidas do exercício da magistratura nos arquipélagos da Madeira e dos Açores."

O partido defendia que "a actualização deste subsídio era essencial para garantir que os magistrados tivessem condições dignas no desempenho das suas funções e pudessem continuar a assegurar um serviço de Justiça mais eficaz para os cidadãos residentes nas regiões autónomas". O deputado Francisco Gomes, eleito pelo CHEGA no círculo da Madeira, não poupou críticas ao PSD e ao CDS, acusando-os de "incoerência política".

O PSD e o CDS fazem promessas e dizem defender as regiões autónomas, mas, quando chega o momento da verdade, traem madeirenses e açorianos com a maior leviandade. É nestes partidos de duas palavras e de duas caras que os madeirenses vão votar?"-  Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República

O parlamentar reforçou ainda que a votação do PSD, PS e CDS demonstra, a seu ver, “o desprezo dos partidos do centro pelas dificuldades enfrentadas pelos magistrados judiciais nos arquipélagos.”, acusando-os de “virarem as costas a quem trabalha diariamente para garantir a aplicação da lei e a defesa dos direitos dos cidadãos.”

E concluiu: “Estes votos contra e de abstenção não são apenas um ataque aos magistrados, mas um sinal claro de que o PSD, CDs e PS preferem a política de promessas vazias ao compromisso real com a justiça e com a autonomia. Não merecem a confiança das pessoas que os elegeram".