5 dicas para manter as apostas divertidas e sob controlo
Desde que as apostas online se tornaram legais em Portugal, os dados indicam um cada vez maior número de registos de apostadores nas casas de apostas autorizadas pelo SRIJ, entidade reguladora da atividade no nosso país.
De acordo com este serviço, no 3º trimestre de 2024, existiam 4,5 milhões de registos (um apostador pode estar registado em mais do que uma plataforma) nas 17 casas de aposta legais em Portugal, número que não deixa dúvidas sobre a atratividade deste setor para os portugueses.
Além da busca do divertimento e da possibilidade de se apostar através de dispositivos móveis, os apostadores são atraídos pela oferta de bónus sem depósito e de uma multitude de jogos e tipos de apostas que maximizam a oportunidade de conseguirem alguns ganhos.
Encarar as apostas online como, acima de tudo, a oportunidade de desfrutar de momentos divertidos é o ideal, mas existem sempre margens para erros de análise que podem trazer alguns problemas.
Porque o jogo responsável é um compromisso transversal a todas as casas de apostas presentes no nosso país, sites especializados e entidades responsáveis (SRIJ e Turismo de Portugal), vamos ajudar os portugueses a manter as apostas online divertidas e sob controlo com estas 5 dicas de autocontrolo.
Estabelecer limites de tempo e dinheiro
Para manter o seu bem-estar financeiro e não se arriscar a cair numa situação de sobre-endividamento, é importante manter uma mão firme sobre os seus gastos.
De modo a consegui-lo, procure estabelecer limites de tempo diários/semanais que dedica às apostas online e, sobretudo, limitar o dinheiro que gasta através de uma gestão de banca equilibrada e que privilegie apostas de pequeno valor.
Reconhecer os sinais de comportamentos de risco
Passar demasiadas horas por dia a apostar, a pensar em apostar ou, numa fase mais adiantada da adição, utilizar as apostas online como um escape a emoções negativas e problemas do foro psicológico são sintomas de que está a ficar adicto.
Além deste sinal de comportamento de risco, se deixa de sair ou ter convívio social em detrimento das apostas, se sente sintomas de craving (desejo intenso e incontrolável de apostar) e desvia cada vez mais dinheiro que está destinado a despesas essenciais para apostar, é altura de parar e pensar em recorrer a ajuda de um psicólogo especializado em adição ao jogo.
Tirar partido das ferramentas de autoexclusão
Segundo os dados do SRIJ, no final de setembro de 2024, encontravam-se autoexcluídos da prática de jogos e apostas online 276,2 mil registos de jogadores, um número que, com as campanhas de promoção do jogo responsável e a maior atenção da sociedade e dos agentes de saúde pública para com o problema da adição ao jogo, cresce de mês para mês.
Por isso, se sente que o jogo recreativo se transformou em compulsivo, faça uso das ferramentas de autoexclusão que o SRIJ e as casas de apostas online lhe oferecem e que são válidas por um período mínimo de 3 meses ou por tempo indeterminado.
Para tal, só tem de preencher um formulário online com os seus dados e enviá-lo à casa de apostas ou, no caso de o fazer a partir do SRIJ, através do email [email protected], de telefone ou presencialmente num dos gabinetes da entidade reguladora existentes nos casinos do país.
Transformar as apostas numa experiência positiva
Ao invés de pôr o ênfase na faceta competitiva, faça das apostas uma forma lúdica de aprender mais sobre um determinado desporto ou sobre a matemática que se esconde por detrás das probabilidades e, sobretudo, não tente recuperar as perdas de forma impulsiva.
Se já tiver limitado os gastos que tem com o jogo, poderá olhar para as apostas de uma forma mais tranquila sabendo que se mentalizou de que aquilo é só mais um passatempo.
Avaliar se está em condições de apostar
Antes de fazer as suas apostas, pergunte-se se está em condições de as realizar, ou seja, se a sua concentração e discernimento lhe permitem apostar de forma controlada.
Por isso, não jogue:
● Se se encontrar sob efeito de álcool ou drogas;
● Se se encontrar emocionalmente ou psicologicamente fragilizado;
● Se não tiver as condições financeiras adequadas para jogar.
Adopte a prática de jogo responsável!
“O jogo responsável é a prática de jogos de fortuna ou azar como forma de entretenimento e diversão.
Jogar responsavelmente significa fazer opções com base em factos e manter o controlo sobre o tempo e o dinheiro que se pretende gastar.”
Riscos de Ludopatia:
- Jogo como evasão: o jogo é utilizado como meio de escape à realidade.
- Perda de controlo: não conseguir parar de jogar.
- Escalamento de apostas e endividamento: realizar apostas cada vez mais elevadas ou com mais frequência para conseguir sentir emoção durante mais tempo. Ao perder, tentar sempre novas apostas sem parar até conseguir uma nova vitória.
- Várias tentativas de parar de jogar, todas sem sucesso: ter a noção de que o jogo pode se tornar prejudicial para a vida financeira e familiar, contudo não conseguir parar de jogar. Sentir ansiedade, irritabilidade e incapacidade de parar de pensar em apostas, todas as vezes que tenta parar de jogar.
- Pedir dinheiro emprestado: recorrer terceiros de forma a conseguir dinheiro para liquidar dívidas ou até para novas apostas.
- Isolamento e mentira: ocultar as quantidades monetárias investidas no jogo.
- Mentir sobre o tempo que se dedica ao jogo.
- Incorrer em actos ilegais: violar a lei com o intuito de angariar dinheiro para voltar a jogar.
A Linha Vida é um serviço de Aconselhamento Psicológico anónimo, gratuito e confidencial, na área dos comportamentos aditivos e dependências, nomeadamente as dependências de jogo.
SEJA RESPONSÁVEL. JOGUE COM MODERAÇÃO.