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A cidade – pólis

Na Antiguidade, a cidade grega – pólis – era muito mais do que um agregado de edifícios e de população. A pólis era, essencialmente, uma comunidade de cidadãos que partilhavam os mesmos valores políticos e sociais, que incluía também o culto aos deuses. Os cidadãos exerciam diversas profissões e tinham vários estatutos, mas todos contribuíam para o bem-estar de toda a cidade. Nesta perspetiva, os agricultores eram, também, um dos grupos mais importantes da cidade, porque a alimentação sempre foi um elemento imprescindível para todos.

Roma e Grécia

Na organização espacial das cidades, a preocupação estava centrada nos espaços públicos, monumentos, praças e ruas. A fiscalização das casas particulares tinha por objetivo assegurar o alinhamento, evitando que estas ocupassem a via-pública. Havia expropriações sempre que necessário para construir aquedutos, monumentos, ruas ou qualquer obra pública. Outro dos deveres imposto consistia na obrigação de manter o afastamento entre as casas, para que se evitasse a propagação de incêndios.

Idade Moderna

Com o crescimento das cidades surgiam preocupações com o bem-estar dos cidadãos, como assegurar os esgotos, afastar dos centros as atividades poluidoras, ruidosas ou perigosas. Também passaram a preocupar-se com jardins nas cidades e com florestas nas zonas próximas, para assegurar a caça, mantendo os campos agrícolas ao redor da cidade, por ser essencial ao seu abastecimento.

Plano do Marquês de Pombal

Na sequência do terramoto de 1755, o novo plano da cidade de Lisboa, previa ruas largas para facilitar a circulação de pessoas e bens, com objetivo de maior segurança em caso de terramotos ou incêndios. Muitos espaços tiveram que ser expropriados para permitir os novos loteamentos. De qualquer modo, os anteriores proprietários tinham preferência na aquisição e ocupação das novas casas. Passou a introduzir-se as paredes de estrutura de madeira com argamassa, sistema de gaiolas, de maneira que as casas se tornassem mais resistentes aos terramotos.

Cidadãos atuais

A palavra cidadão significava o habitante da cidade, na perspetiva política grega da pólis. Na atualidade permanece o mesmo sentido da pólis, o cidadão continua a significar todo aquele que participa na vida cívica e política de um país, onde quer que resida, incluindo os agricultores e todos os que vivem no campo.