Ministério disponibilizou documentos à PJ
A ministra do Ambiente e Energia assegurou hoje que o Ministério que tutela disponibilizou toda a informação e acesso a documentos pedidos no âmbito de buscas da Polícia Judiciária (PJ) na instituição relacionadas com a empresa Transtejo.
Maria da Graça Carvalho disse que ainda tem pouca informação sobre o assunto, tendo adiantado que um procurador europeu, acompanhado por vários elementos da PJ, estiveram no Ministério e explicaram que as buscas estavam relacionadas com o tempo em que a Mobilidade estava inserida no Ministério do Ambiente.
"Disseram exatamente que era no período de 2019 a 2023, em que a Mobilidade não estava nas Infraestruturas mas sim no Ambiente, e que estará relacionado com um concurso de 2020 para navios da Transtejo", explicou a ministra, que falava aos jornalistas após participar na apresentação do Plano de Pastoreio, uma iniciativa que junta os ministérios do Ambiente e da Agricultura.
A ministra disse que esta foi a única informação que teve e que foi disponibilizado o acesso a todos os documentos, embora a maior parte desses documentos esteja na Secretaria Geral do Governo e na Presidência do Conselho de Ministros.
"Mas têm acesso a todos os documentos que sejam necessários" relativos a esse período, nomeadamente sobre 2020, garantiu a ministra.
Fonte ouvida esta tarde pela Lusa já tinha confirmado as buscas no Ministério do Ambiente e Energia e o Ministério das Infraestruturas e Habitação também confirmou buscas na Secretaria de Estado da Mobilidade e na Transtejo -- Soflusa, referindo que "foi prestado todo o apoio e colaboração necessária aos investigadores".
A Polícia Judiciária anunciou hoje que a Transtejo foi alvo de buscas por suspeitas de fraude na obtenção de subsídios, num valor de 17 milhões de euros, indicando que a operação decorreu de um inquérito dirigido pela Procuradoria Europeia.
A operação "Navis", desenvolvida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção na empresa que assegura ligações fluviais entre Lisboa e a margem sul do Tejo (distrito de Setúbal), visou a execução de sete mandados de busca não domiciliária, para investigar "crimes de fraude na obtenção de subsídio, corrupção ativa e passiva e/ou prevaricação, na renovação da frota", anunciou a PJ, em comunicado.