PCP quer fixar salário mínimo regional em 1.155 euros já em 2026
Ricardo Lume defendeu, hoje, a necessidade de um aumento “real” dos salários na Região Autónoma da Madeira, argumentando que o crescimento económico anunciado não tem chegado aos rendimentos dos trabalhadores. O dirigente comunista manifestou esta posição no decorrer de acção de contacto com a população na Rua Dr. Fernão de Ornelas, no Funchal.
Lume realçou que "o Governo Regional PSD/CDS apresenta para 2026 uma proposta de aumento do salário mínimo manifestamente insuficiente, sobretudo quando comparada com as perdas superiores a 20% no poder de compra acumuladas pelos trabalhadores nas últimas décadas e com o facto de a Madeira ser a região do País com a maior taxa de inflação".
O dirigente acrescentou que "a proposta de fixar o salário mínimo regional em 980 euros fica aquém até da promessa eleitoral de um dos partidos do Governo, que apontava para um salário mínimo de 1.000 euros já em 2026".
Ricardo Lume destacou ainda o impacto do aumento dos preços dos bens essenciais e da habitação, bem como da desvalorização das carreiras, factores que diz estarem a criar dificuldades crescentes às famílias madeirenses.
O PCP reiterou que, para garantir que os trabalhadores não perdem poder de compra, é necessário que "sejam fixados aumentos salariais que tenham como referência um mínimo de 15%, com um acréscimo não inferior a 150 euros para todos os trabalhadores".
O partido propõe um aumento geral dos salários em todos os sectores, público e privado, incluindo a actualização do salário mínimo nacional para 1.050 euros, acrescido de um suplemento regional de 10% "destinado a compensar os custos de insularidade". Deste modo, o salário mínimo regional seria fixado em "1.155 euros a partir de 1 de Janeiro de 2026".
"Esta é, para o PCP, uma condição fundamental para melhorar as condições de vida de quem vive da sua força de trabalho e cria a riqueza da Região", concluiu Ricardo Lume.