Deputado do Chega diz que Governo português abandonou pescadores
O deputado do Chega (CH) eleito pela Madeira, Francisco Gomes, "censurou o Governo da República por aquilo que diz ser o adiar uma solução efetiva para os problemas do setor das pescas, em especial os referentes às regiões autónomas da Madeira e dos Açores", lê-se numa nota de imprensa divulgada esta manhã. "O parlamentar considera que o governo tem ignorado o drama de milhares de famílias que dependem da pesca, preferindo 'empurrar com a barriga' obstáculos que, a seu ver, põe em causa a sobrevivência de um dos setores mais identitários do país".
No entender do madeirense, "o drástico corte das quotas de pesca, em particular do atum patudo, representa 'um golpe brutal' para o sector e para as comunidades que dele dependem", recordando que "a quota nacional passou de cerca de 11 mil toneladas para apenas 2.700, uma redução que considera 'um atentado económico, social e cultural' contra os profissionais da pesca tradicional".
Francisco Gomes sublinha que "esta redução já levou a que muitos barcos estejam a ficar em terra, coloca em causa a subsistência de muitas famílias e destrói a competitividade de um setor que, a seu ver, sempre soube respeitar o mar e os seus recursos". E reforça: "A pesca do atum não é uma ameaça aos ecossistemas, mas um exemplo de equilíbrio. É feita com técnicas ancestrais, com respeito pelo mar e pela natureza. Mas o governo continua a matar a pesca artesanal com decisões cegas e submissas a Bruxelas. É um crime contra quem vive do mar."
O deputado na Assembleia da República também destaca que "a frota pesqueira carece de renovação, alertando que a legislação atual impede o progresso da frota, ao impor restrições desajustadas quanto às embarcações elegíveis", sendo que Francisco Gomes "exige que estas normas sejam revistas 'para permitir que os nossos pescadores tenham embarcações seguras, modernas e competitivas'".
O parlamentar firma que "os governos da República e da Região falam muito do mar, mas desprezam quem vive dele. Andam há anos a prometer apoios, mas o que oferecem são esmolas e burocracia", garantindo que o CH "não se cala e não se vende. Seremos a voz dos pescadores e a força que vai exigir respeito por quem trabalha para comida em cima da mesa".
E conclui que, com esta posição, o CH reafirma-se como "o único partido que defende sem hesitações o setor das pescas, exigindo o alargamento imediato das quotas de captura, a renovação da frota e o fim da dependência de Bruxelas, para que Portugal volte a ser um país que honra os homens do mar".