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Nobel da Paz reflete aspirações dos venezuelanos a eleições livres

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Foto EPA/RONALD PENA R.

O Prémio Nobel da Paz hoje atribuído à líder da oposição venezuelana María Corina Machado reflete as aspirações dos venezuelanos a eleições "livres e justas", disse um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUR).

"Este reconhecimento reflete as claras aspirações do povo venezuelano a eleições livres e justas, ao respeito pelos direitos civis e políticos e ao Estado de direito", afirmou o porta-voz do ACNUR Thameen Al-Kheetan.

O Comité norueguês do Nobel anunciou hoje a atribuição do Prémio Nobel da Paz 2025 a María Corina Machado "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia".

"Enquanto líder do movimento pela democracia na Venezuela, María Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos", sublinhou o Comité.

Maria Corina Machado é uma das principais vozes da oposição democrática ao regime de Nicolás Maduro, tendo sido candidata favorita à vitória nas eleições presidenciais de julho de 2024.

No entanto, foi impedida de concorrer quando, em janeiro de 2024, o Supremo Tribunal de Justiça, alinhado com o Governo de Maduro, a proibiu de ocupar cargos públicos durante 15 anos.

Sublinhando que o Prémio Nobel da Paz foi atribuído, este ano, a uma "corajosa e empenhada defensora da paz", o porta-voz do Comité do Nobel explicou tratar-se de "uma mulher que mantém a chama da democracia acesa no meio da crescente escuridão".

Para a organização do Prémio Nobel, Maria Corina Machado tem sido uma "figura-chave e unificadora numa oposição política que anteriormente estava profundamente dividida", exigindo eleições livres e um governo representativo.