Serão as famílias os principais responsáveis pelas altas problemáticas nos hospitais da Madeira?
A questão das altas problemáticas, que nos serviços de saúde são chamadas de ‘altas clínicas’ e internamentos por ‘questões sociais’ voltaram à ordem do dia na Madeira, pelo facto de a capacidade de internamento hospitalar do SESARAM estar esgotada, como admitiu o director clínico, na terça-feira.
Júlio Nóbrega revelou haver 232 utentes com alta clínica, que continuavam internados por razões sociais. Por isso, havia muitos doentes, cerca de 40, no serviço de urgências do Hospital Dr. Nélio Mendonça, à espera de cama, com todos os constrangimentos que tal facto acarreta, tanto para o serviço de saúde, como para os próprios doentes, que ficam expostos a factores de risco pessoal.
A notícia a partir das afirmações do director clínico suscitou cerca de 80 comentários no Facebook do DIÁRIO, muitos deles a culparem o Governo Regional, por não ter sido capaz de resolver um problema que se arrasta há muitos anos, e vários outros a responsabilizarem os familiares, por não irem buscar os idosos ao hospital. Muitos leitores/comentadores manifestaram a sua indignação por as famílias abandonarem os idosos nos hospitais.
Mas será essa a grande causa da existência de altas problemáticas?