Vai ser preciso mais do que a mobilidade
Pela primeira vez, nas eleições europeias de ontem foi possível votar em mobilidade. Devido à existência de cadernos eleitorais desmaterializados, os eleitores puderam exercer o seu dever cívico em qualquer parte do País, sem certidões, nem complicações, sem terem de informar previamente ou fazer uma inscrição para irem votar fora da sua mesa de voto habitual, bastando-lhes apresentar um documento oficial de identificação com fotografia actualizada. Em boa hora. Finalmente os burocratas tiraram a cabeça da areia, simplificaram processos e deram um passo decisivo para que sejam abolidos os anacronismos inexplicáveis, os receios infundados e as teimosias que até podem servir interesses instalados, mas não acompanham a modernidade que também robustece a democracia.