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Detidos quatro policias no Brasil suspeitos de actuar para o Primeiro Comando da Capital

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Um chefe e três agentes da polícia do estado de São Paulo foram presos hoje por suspeita de atuarem a favor do Primeiro Comando da Capital (PCC), maior fação criminosa do Brasil, segundo um comunicado da polícia.

As prisões ocorreram na Operação Tacitus que tem o objetivo de investigar uma organização criminosa dedicada ao branqueamento de capitais e crimes de corrupção passiva e ativa. 

De acordo com as autoridades policiais, a investigação partiu da análise de provas que foram obtidas em diversas investigações e que envolveram movimentações financeiras, colaboração premiada com suspeitos investigados em ações criminais e depoimentos.

"Tais elementos revelaram o modo complexo como os investigados se estruturaram para exigir subornos e branquear dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa", diz a Polícia Federal num comunicado.

A ação foi realizada pela Polícia Federal brasileira e promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

A operação é resultante do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC, inclusive o assassínio do delator Vinícius Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro, em frente ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, que tinha denunciado o chefe da polícia que foi hoje preso.

Ao todo, 130 agentes da Polícia Federal, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, estão a cumprir oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança, Igaratá e Ubatuba. 

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de prisão.